![]() |
| A imagem foi escolha do CM para ilustrar usando o Google |
A nossa cidade é o cúmulo da negação, tudo se resolve desvalorizando e negando, e é assim, por falta de ataque quando os problemas ainda são pequenos que depois abrem-se precedentes que uns usam para justificar os seus.
Eu não tenho dúvidas de que o Funchal será um resort de hotéis de cidade com uma grande área de convívio ao ar livre, mas também, que todo madeirense vai ser expulso para consubstanciar o projecto. Mais hotéis de centro, mais carros e os respectivos estacionamentos a expensas públicas e o divertimento noite fora para as pessoas que estão de férias que colidem com as outras que precisam de descansar para ir trabalhar.
A Zona Velha e a Rua das Fontes têm decibéis a mais e as pessoas reclamam, os anos vão passando e ninguém faz nada. Se um amigo das obras na câmara precisasse do impossível e ilegal, arranjavam forma de resolver com um truque em horas. Isto do ruído é maldade, é inércia e é negação, a CMF prefere defender os amigos do ruído do que os munícipes que não trazem problemas a ninguém e só querem descansar, o que até está previsto na lei. É que a Madeira tem "leis próprias" dos poderosos...
Às supra mencionadas acrece mais uma zona de ruído nesta cidade, na Praça Amarela, que vai até às 6 da madrugada, aconteceu neste último sábado. Não há queixa que os demova, a inércia das autoridades é total. Mais um protegido? Consta que não têm licenças legais para isso (mais isso ainda se equaciona?), é uma pena ser da alçada da CMF e não da ARAE, uma nova esperança dos cidadãos, porque vai funcionando e defendendo os munícipes.
Mas há um facto novo, tipo as manadas de turistas nas atrações que faz com que ninguém usufrua de nada. Este monumento do ruído da Praça Amarela, que incrementa aos fins de semana, não dá descanso à população residente, mas ... novidade (!) os turistas do alojamento local também não apreciam. Quem bom, está a atingir os negócios de outros importantes que estão a tornar o Funchal num resort. Que bom.
Confinada entre paredes, o som da Praça Amarela chega à Avenida do Mar, desde um estabelecimento, não é um palco para concerto de rock. Não há polícia que patrulhe a noite nem há telefonemas que atendam? Aguardam pacientemente pela Polícia Municipal? E nós morremos de tortura ou pagamos um hotel para dormir? Não se riam, eu fui dormir para uma casa desabitada de um amigo que emigrou, sabem o que aconteceu? De madrugada, com mais intensidade pelas 5 da manhã assisti às célebres corridas de motas na Via Rápida. O ruido ecoa acima e abaixo da via de uma forma impressionante e eu que leio CM, e já vi tantas queixas, pergunto-me em que raio de ilha sem lei que vivemos. As autoridades estão a proteger por inércia a chungaria, e eu que ouvi o trecho de comentário do Observador digo que eles ainda não apanharam que as autoridades não fazem nada senão não vinham de Lisboa para resolver (link).
Portanto, eu cidadão e munícipe, assisto a duas inércias. A PSP deve haver muitos pesos e muitas medidas, deveria executar o seu papel em vez de usar a inércia da CMF para fundamentar a sua. Já todos percebemos que vem aí mais um mandato de um acomodado. Este caso da Praça Amarela nem é dúbio, se a CMF não licenciou (nem pode ao arrepio da lei) porque é que a PSP não acode às queixas e encerra o estabelecimento? É uma polícia política consoante os protegidos?
Se não tem licenças de espetáculos ou de "espaço de Dança", as ameaças do promotor passam a lei? Quando vemos músicos ao vivo, dj’s e outras formas de animação percebemos pela organização que alguém tem garantias de ter despesa e retorno porque ninguém vai encerrar por prevaricar fora de horas com ruído o descanso dos outros. Isto parece os incêndios, acede aqui, acende ali, quando tomam consciência temos um grande incêndio, assim é a nossa cidade com focos de ruído noturno que vão tomando conta da cidade. Preparem-se para isto servir de exemplo para que outros achem que podem fazer noutras zonas para além da baixa. Agora o Funchal rege-se pela lei dos caciques?
A PSP, a CMF, a ARAE e todos os envolvidos em licenciamentos e sua supervisão têm de atuar, para que as pessoas que são cidadãos que não dão porblemas não se tornem selvagens para se poderem respeitar.
Considerações finais:
- Então a Presidente da CMF não faz cumprir o que é do seu domínio e fala de alterar a Lei do Ruído? Cristina Pedra diz que vai rever a Lei do Ruído como se essa fosse uma competência municipal? Exemplo: "Câmara do Funchal está a rever a lei do ruído " link
- Então já no tempo do Pedro Calado, este disse "É a nossa proposta que vamos implementar", diz Calado sobre ruído. (link) . Então, "Pedro Calado, disse hoje (1-2-2023) que o município está há algum tempo a trabalhar "numa medida específica para fazer a adaptação da lei do ruído", "disciplinar o uso de esplanadas" e "rectificar os horários nocturnos"". A adaptação foi permitir o ruído?
- Então a "Zona Velha do Funchal com novo regulamento para minimizar ruído em abril" (link), serviu para acalmar os residentes da baixa e ganhar mais tempo para os amigos do ruído? As notícias servem para empapelar?
- Então, há um ano e sete meses estão "em fase final o Regulamento Municipal para a Zona Velha" (link) e ainda não acabaram? E é só para a Zona Velha com este caos pela cidade toda?
Enviado por Denúncia Anónima
Sexta-feira, 20 de Setembro de 2024
Todos os elementos enviados pelo autor.
Adere ao nosso grupo do Facebook: Ocorrências CM
Segue o site do Correio da Madeira
.jpg)