A Realidade Virtual


J á todos nos apercebemos que o Sr. Presidente do Governo Regional vive no mundo da Realidade Virtual porque a tecnologia dos óculos dão-lhe uma imagem de que somos todos felizes. A triste realidade é que, numa terra que depende do Turismo, existe mais gente empregada na Construção Civil do que no sector do Turismo. Não é estranho? É! Mas o que interessa é construir nem que seja com imigrantes Paquistaneses ou Africanos.

A culpa disto não pode ser só do COVID. O problema é que o COVID, além do vírus, trouxe o Layoff e os empresários do sector do Turismo descobriram que metade dos funcionários podem executar o dobro das tarefas e ainda turnos de mais horas pelo mesmo salário. No sector do turismo há gente a trabalhar 16 horas por dia sem serem pagos e o Governo simplesmente coloca os óculos e finge que os madeirenses são bem pagos.

Se o COVID foi o início do colapso da economia justa. A Guerra na Ucrânia e no Médio Oriente acrescentou um turismo em fuga para os locais remotos longe da guerra. Se há uns anos um turista gastava 150 euros por dia, hoje compra uma maçã nos supermercados e faz umas férias virtuais dormindo no carro ou em tendas.

Em resultado disto, os preços dos supermercados subiram sem qualquer explicação. Se a culpa é dos custos dos bens alimentares que subiram, como é que os grupos económicos do sector batem recordes de lucros? Não há aqui qualquer coisa inexplicável? Será simplesmente a lei da procura e da oferta ou a ganância por margens de lucros imorais?

E que faz o governo? Resolve aumentar o ordenado mínimo para apaziguar os protestos esquecendo-se de fixar um salário mínimo para os jovens quadros. A realidade é que uma grande maioria dos jovens licenciados ganham pouco mais do que o ordenado mínimo. É para isto que os seus pais se sacrificaram, dando muitas vezes o que não têm, para que os filhos estudassem e usufruíssem de um futuro promissor? O resultado desta política autista é os jovens fugirem da terra em que nasceram à procura de um futuro melhor.

Que hipóteses tem um jovem para pagar um pequeno T1 ao Banco quando se deixa especular os preços da habitação? O cúmulo desta política económica do “laissez faire, laissez passer” é que já se vê anúncios de oferta de emprego para rececionista (sem ofensa) exigindo licenciatura, em troca do ordenado mínimo. É este o futuro virtual que este governo promete aos jovens madeirenses? O objetivo é nivelar todos pelo mínimo? 

Afinal está tudo bem! A realidade é que muitos não hesitaram em contribuir para as 20 mil assinaturas da libertação do Lince, mas não se viu ninguém a protestar contra o preço das habitações e do custo de vida.

A Realidade Virtual é que muitos Madeirenses que têm uma casa, um carro e tomam umas ponchas julgam que são ricos.

Enviado por Denúncia Anónima
Segunda-feira
, 7 de Outubro de 2024
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