É inegável que o registo de incêndios espontâneos em automóveis aumentou.


A posto que estão a pensar que vou malhar em carros elétricos, porque não? Mas não só. Na minha opinião tem a ver com tecnologia e não se é elétrico, híbrido ou a combustão. Há uns anos atrás, para me decidir por um de dois carros da mesma marca perguntei a um mecânico qual escolheria para não me dar despesa, respondeu que as peças da marca não eram das caras e de seguida respondeu o que tiver menos eletrónica. A resposta sincera deu a perceber que a eletrónica traz conforto mas é "picuinhas" ... com ou sem avaria. Mas vamos lá na mesma...

Passaram-se uns anos, mas se fizesse a mesma pergunta o mecânico ia-se rir na minha cara. Como evitar? Há várias razões para o aumento na incidência de incêndios espontâneos nos veículos, sem dúvida que na base estão "avanços" tecnológicos, foi o que mudou! Mas também penso que pode ter a ver com aspetos comportamentais e ambientais.

Penso que pela cabeça de muita gente está a ideia de ter que mudar de carro por muitas razões, impostos, ambiente, seguros, mas não certamente fiabilidade ... Sou dos tais que pretende mudar de carro, mas das pesquisas que vou lendo há coisa de dois anos, meu coração bate pelo hidrogénio, mas se calhar vai haver outro pelo meio. Há "haters" dos carros elétricos por muitos contrassensos e explorações de minério, mas uma situação que aprendi é que não se deve acusar os carros elétricos, mas sima maior complexidade dos sistemas elétricos, é porque na verdade ardem elétricos, híbridos e de combustão. Quando arde as notícias evitam informar, acho mal, mas pesquisando cheguei a essa conclusão, o comum a qualquer tecnologia são os sistemas elétricos.

Reparem que as baterias tornaram-se mais poderosas e de alta densidade de energia para obter eficiência, mas há calcanhares de Aquiles. Com o avanço das tecnologias elétricas e híbridas, as baterias de lítio (presentes em muitos veículos elétricos) oferecem maior densidade de energia, o que, por um lado, permite a tal maior eficiência, mas por outro, também aumenta o risco de incêndios. Basta estarem danificadas ou expostas a temperaturas extremas, que estas podem entrar num estado de "fuga térmica", o que gera calor excessivo ao ponto de provocar um incêndio. Caros elétricos, híbridos ou de combustão têm cada vez mais componentes elétricos/eletrónicos, o que significa que cria mais pontos de falha potencial e assim levar a curtos-circuitos.

O que mais mudou e que se relacione com os carros? Certamente o clima, não haverá aqui lugar para uma análise sobre as temperaturas mais altas? O aquecimento global e as temperaturas recordes nalgumas regiões, inclusive a nossa, não se esqueçam que este facto aumenta a temperatura de operação dos veículos e das baterias. Inegável. Em dias quentes, especialmente sob o sol direto, as baterias e sistemas elétricos dos carros ficam ressentem-se, elevando o risco de superaquecimento. No excesso de frio ... descarrega mais rápido.

Penso que estão a perceber que andei a investigar umas coisas. Algumas ninguém pensa, mas é perfeitamente natural. Então se está mais calor, a evaporação é maior e depois desaba como em Espanha por estes dias, mas agora pensem um bocado, existe mais humidade no ar. Não é preciso sequer chegar ao exagero de carros expostos a inundações para haver curtos-circuitos. A humidade é suficiente para a corrosão nos componentes elétricos e nas baterias, isto e problemas associados e adicionais, se não forem adequadamente diagnosticados, aumentam o risco de incêndios. Afinal somos alérgicos à oficina sem razão superior. Com as minhas pesquisas aprendi a andar com um extintor mas também um WD para limpar contactos e "afugentar" humidade.

Meus amigos, se eu quiser ser sério tenho que falar no aumento de veículos elétricos e híbridos nas estradas, é ou não uma mudança com o passado? Naturalmente eleva a quantidade de incêndios, mas tive o cuidado de dizer antes que os sistemas elétricos são transversais a elétricos, híbridos e combustão. Agora reparem nisto, os incêndios em carros elétricos são menos frequentes proporcionalmente aos de combustão, mas a cada vez maior venda desses veículos levará a um aumento absoluto nos casos. As "culpas" têm sempre uma atenuante.

Agora um outro pormenor. Lembram-se daquela era dos carros com um valente pára-choques reluzente e a malta com um carro novo respeitava? Pois é, os pára-choques de plástico iam ao chão num toque e o pára-choques reluzente parecia que se ria de nós. Tenho um trauma com um Peugeot 403.  Os carros passaram a ter mais plástico, é mais barato, fica leve, uma forma de dar potência, mas o uso de materiais mais leves e inflamáveis com mais potencial de ignição junto é uma receita diabólica muitas vezes mais inflamáveis. Plásticos e polímeros são mais suscetíveis de pegar fogo do que os metais, aumentando o risco e a velocidade de propagação de incêndios. Pois é, bate certo.

Não me quero alongar mas é provável que haja incêndios por "improvisos", falta de manutenção, porque não dizer defeitos de fabrico, algumas vezes omitido e outras levam a uma chamada geral das marcas, sobretudo com defeitos em chicotes elétricos, baterias e sistemas de ar-condicionado. Também há incêndios com carros mas nas casas sem fios apropriados para carregar carros, às vezes são os carros que fazem descobrir empreiteiros aldrabões, ai agora é tudo LED e pregam-lhe com um carro a carregar. Estes casos são um jackpot, carro e casa, carregar carros é na rua com um cabo que chegue lá. Para quem tem moradia. em blocos de apartamentos é um contágio fantástico...

Amigos, o aumento de incêndios em carros nunca é por causa de um único factor, é como na aviação, mas no caso dos carros julgo ser pela combinação de tecnologias novas, clima/meteorologia, hábitos dos condutores (que devem mudar) e a infraestrutura de elétrica.

Um bom dia a todos, vou estimar ler os vossos comentários.

Enviado por Denúncia Anónima
Terça-feira
, 5 de Novembro de 2024
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