O utra vez arroz. Já todos conhecem a história. Dizer mal é fácil. Provar é difícil. Dizer que um partido não quer governar e que troca votos por favores é grave. Mas estas palavras precisam de provas. Quem escreve com raiva utiliza frases curtas. Grita. Diz “tachos”, “bengalas”, “corrupção”. Estas palavras mexem com as emoções. Mas a política precisa de factos. Se queres mudar alguma coisa, mostra provas, datas, contratos, decisões. Sem isso, é só barulho.
Dizer que uma pessoa “não segura uma câmara” e que por isso não pode governar é um ataque pessoal. Não serve de argumento. Governa-se com ideias, trabalho e apoio. Muitas pessoas boas nunca foram presidentes de câmara. Ser chefe de governo é outra coisa.
Pedir para retirar lugares no parlamento é perigoso. A democracia vive do debate e da diferença. Se não concordamos com um partido, debatemo-nos com votos, propostas e provas. Não se apagam vozes. Isto abre caminho ao poder que manda calar.
Falar de “socialismo” como se fosse um problema total é impreciso. Socialismo é uma palavra grande. Existem muitos tipos. O mais importante é discutir medidas: emprego, saúde, casas, escola. Se uma ideia funciona, mostra-se com resultados. Se não funciona, propõe-se outra.
Quem lê deve perguntar: qual é a prova? Que solução propõem? Que mudança real querem? Criticar é útil. Mas criticar só com raiva divide as pessoas. Para mudar, precisamos de planos claros e de trabalho.
Se há abuso, se há casos de corrupção, que venham as investigações. Justiça para todos. Se há erro político, que se explique e corrija. A crítica responsável ajuda a melhorar. A injúria só cria muros.
No final, a política pede uma solução. Quem denuncia deve também propor. Quem tem medo da mudança, deve ouvir. Quem quer mudar, deve trabalhar e apresentar factos. A raiva faz barulho; a prova faz história.