N o coração do Funchal, uma cruz ergue-se com um simbolismo impossível de ignorar: Miguel Albuquerque, presidente crucificado pelo peso de promessas quebradas, escândalos milionários e discípulos leais apenas aos seus próprios bolsos. Em volta, um grupo de “apóstolos” observa, não para apoiar, mas para garantir que suas peças no tabuleiro permaneçam intactas.
Na Madeira, o "Messias" prometeu desenvolvimento, mas entregou obras superfaturadas, contratos suspeitos e uma economia debilitada. Judas, nesse cenário, são múltiplos – discípulos que venderam o futuro da região em troca de favores e parcerias que envergonham até o mais cínico dos eleitores. A multidão observa, dividida entre a revolta e a indiferença: "Crucifica-o!" gritam uns; "Deixem-no lá, todos fazem o mesmo", resignam-se outros.
"Perdoa-lhes, pois não sabem o que fazem... nem quanto custa!", poderia dizer Albuquerque, numa oração final ao deus do orçamento regional. Mas não há clemência para uma cruz onde pendem décadas de promessas e práticas que transformaram a autonomia num negócio lucrativo para poucos e um peso eterno para muitos.
No Largo, a metáfora ganha vida. Esta crucificação não é só de um homem, mas de uma era onde corrupção e nepotismo definiram a política. É o epitáfio de um regime que, como tantas vezes antes, terminou pendurado no próprio vício.
Mas que este episódio sirva de lição para todos nós, madeirenses. Que este calvário político nos ensine a olhar para além das promessas fáceis e a exigir mais, muito mais, de quem lidera. Que o nosso futuro não seja mais hipotecado pelos erros de poucos, mas construído pelas mãos de muitos, com justiça, transparência e dignidade. É hora de levantarmos a cabeça e escrevermos um novo capítulo, onde a Madeira pertença ao seu povo, e não aos interesses que a crucificaram. O poder é nosso; saibamos usá-lo com sabedoria.
Nota do CM:
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No dia 3 Albuquerque estava contente, vamos a 7 e a Moção de Censura vai esmorecendo. |
Enviado por Denúncia Anónima
Quarta-feira, 4 de Dezembro de 2024
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