O Secretário-geral da NATO esteve em Portugal e fez avisos, alertou que a costa portuguesa estava debaixo de olho da Rússia, não é novidade porque ouvimos notícias de que navios russos estão a identificar a localização de cabos submarinos. Também não é novidade a inércia portuguesa, talvez contando que eles estão profundos e que não é a mesma coisa que a babujinha dos cabos no Báltico. Ainda assim, ouviu-se uma novidade, bombardeiros russos ameaçam a costa portuguesa. Portanto, Armada e Força Aérea foram postos em sentido.
Nas conversas entre o nosso primeiro ministro e o secretário geral da NATO, percebemos que o compromisso português, a meta de 2% do PIB estabelecida há mais de uma década, deixou de ser adequada aos desafios atuais. O secretário geral fez referência a isso e observou: “Acolho o compromisso de Portugal em aumentar o investimento, mas a meta dos 2% não é suficiente para os novos desafios geopolíticos”.
Portugal quer ser um grande país com o seu mar, peço que leiam este artigo:
O problema de Portugal é dinheiro, mas se for inteligente, investe na área da Defesa para ganhar dinheiro e cobrir as suas necessidades. Querer ser grande com o mar vai bater à conversa de Trump com a Groenlândia, para que a querem se não podem defender? Descansem que não sou Trumpista, mas é preciso saber ouvir como nos arrumam em dois tempos.
A Armada Portuguesa tem como principais tipos de navios as Fragatas (unidades principais de combate de superfície, equipadas para operações de defesa aérea, guerra anti-submarina e combate de superfície; Corvetas (navios menores do que as fragatas, utilizados para patrulha oceânica e costeira, bem como para missões de escolta); Navios de Patrulha Oceânica (NPO, projetados para vigilância e patrulha da Zona Económica Exclusiva (ZEE), além de missões de busca e salvamento, submarinos (essenciais para a dissuasão e proteção das águas territoriais); Submarinos, capazes de operações discretas de vigilância e defesa, essenciais para a dissuasão e proteção das águas territoriais; Navios de Apoio Logístico (que fornecem suporte às forças navais em operações prolongadas, garantindo reabastecimento e manutenção no mar; Navios Hidrográficos (que fazem o levantamento hidrográfico e cartográfico, fundamentais para a segurança da navegação) e finalmente Lanchas de Fiscalização Rápida (usadas para patrulha costeira e operações de interdição marítima).
Sabemos que a Portugal lhe custa manter as unidades ativas e não são muitas, faz-me impressão saber que só para a Zona Económica Exclusiva (ZEE), o país precisa de uma frota equilibrada que deveria ter entre 30 a 40 navios, com uma distribuição eficiente entre patrulha oceânica, escoltas, apoio logístico e submarinos. Para garantir uma presença constante na ZEE, com reforço da capacidade de dissuasão e resposta rápida a ameaças. Coisa que não existe e vimos na Madeira que, quando é preciso ir vigiar um navio russo... o patrulha nem arranca.
O meu raciocínio é este, vem um indivíduo nos alertar para a necessidade de aumentar a despesa em defesa, pelo caso específico do que os russos andam a fazer e planear, quando só para cobrir a ZEE já deveríamos estar com o investimento feito. Queremos crescer no mar, mas como vigiamos? Portanto, 2 ou 5% é natural se ter em Portugal, se este quiser aumentar sua projeção no Atlântico e garantir total soberania sobre os seus recursos marítimos. O investimento neste tipo de frota é essencial porque os tempos vão mudar.
Sabemos que as extremas, de direita e esquerda, vão atacar com populismos, mas o país deve investir em Defesa com o pensamento posto em fabricar para os outros e equilibrar as contas. Os outros também vão precisar.
Não vejamos só despesa, vejamos como lucrar. E não falei na Força Aérea, também carente de renovação e planificação. Quantos empregos se criariam com isto? É momento de reavivar os nossos estaleiros navais.
Temos 4 patrulhas oceânicos, confira a restante lista aqui: link (tem que baixar cada aba para ver os navios)
Se há área da Defesa em que devemos investir é na Armada.
Enviado por Denúncia Anónima
Quarta-feira, 29 de Janeiro de 2025
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