A "Casa" do Povo do Monte: um monumento ao desleixo e à inoperância


S e a Casa do Povo do Monte fosse um cartão-postal, seria um exemplo perfeito do que não fazer em gestão e manutenção de uma instituição. O edifício, que deveria ser um espaço acolhedor e digno para a comunidade, mais parece um cenário de filme de terror – a cair aos pedaços, com um ambiente tão tóxico entre os sócios que até os ratos devem estar a considerar mudar de residência.

Mas as pérolas não ficam por aqui. A nova direção, que se diz independente e “não ligada” ao PSD, parece ter vindo com uma missão ainda mais ousada: superar a inércia da anterior. E está a conseguir. Bloquear a entrada de novos sócios é apenas um exemplo brilhante de como transformar uma instituição num clube privado, onde a exclusividade só rivaliza com a falta de utilidade para o povo.

As atividades? Bem, se organizarem um passeio ocasional é o suficiente para justificar a existência, então estamos todos a falhar redondamente na definição de "servir a comunidade". A Casa do Povo do Monte, que deveria ser um motor de apoio e desenvolvimento para a população, contenta-se com um papel quase decorativo, enquanto as necessidades reais do Monte ficam na prateleira.

E quanto ao financiamento? A Segurança Social, em sua infinita sabedoria, despeja milhares de euros nesta gestão ineficaz, enquanto outros projetos, realmente úteis, ficam sem o apoio necessário. É quase poético como o dinheiro público consegue desaparecer em instituições que produzem tão pouco.

A cereja no topo deste bolo indigesto é a ironia de ser uma Casa do Povo que pouco ou nada faz pelo povo. Talvez seja hora de repensar as prioridades e lembrar que servir a comunidade não é só um slogan bonito, mas uma obrigação. Enquanto isso, o Monte continua a assistir a este espetáculo triste, onde a Casa do Povo é apenas isso: uma casa. Sem alma, sem propósito e, pelo visto, sem vergonha.

Enviado por Denúncia Anónima
Terça-feira, 14 de Janeiro de 2025
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