E m Outubro de 2019, a Universidade da Madeira (UMa), através da Académica do Senado, aprovou um conjunto de normas sobre Recursos Docentes (contratações, concursos e concursos para promoção), aprovado no Conselho Geral no ano anterior. Sentia então a UMa a dificuldade na acreditação de Ciclos de Estudos, pela A3ES – Agência de Avaliação e Acreditação do Ensino Superior, com um quadro de professores, maioritariamente auxiliares. Era, portanto, necessário promover alguns a associados e outros a catedráticos, para tal abrindo os devidos concursos.
Esse desígnio de 2019 foi protelado pelo ex-reitor, José Carmo, o reitor mais ineficiente da UMa, e só em 2020, por pressão de alguns departamentos, foi posto a concurso um reduzidíssimo número de vagas que permitiu a alguns ascenderem a uma categoria superior. Depois só em 2024 realizaram-se novos concursos, sempre a conta-gotas. Nunca foi cumprido o plano de 2019.
Dos concursos de 2020, alguns foram contestados no Tribunal Administrativo, face às suspeitas que recaíram sobre candidatos que falsificaram currículos, como é do domínio público.
O Tribunal Administrativo funciona a carvão e o resultado das ações interpostas só serão conhecidos quando alguns dos seus autores já forem aposentados. É a Justiça deste país, que, no caso, beneficia os eventuais infratores.
Mas o que me traz aqui é a hipocrisia do momento. De alguns concursos da UMa, abertos no ano passado, já são conhecidos os resultados. Os membros dos júris já fizeram as suas avaliações e entregaram-nas atempadamente ao presidente dos júris, ou seja, ao Reitor da UMa. Mas como não ficaram em primeiro lugar os que a Reitoria e os presidentes das Faculdades desejavam, ainda não se realizaram as reuniões finais dos júris, e tudo está em banho de maria.
Normalmente, quando uma Universidade abre um concurso pensa num determinado candidato. Só que com júris externos às vezes o candidato preferido não é o mais bem classificado. Muitas vezes o reitor, presidente dos júris, não consegue ditar as regras do PSD/M aos demais vogais dos júris. E com o presidente arguido, que tanta má fama dá à Madeira, será cada vez mais difícil. Daí o Reitor protelar a divulgação dos resultados finais de alguns concursos.
Isto gera stress e prejudica, em termos remuneratórios, os candidatos vencedores.
A UMa não tem emenda. E assim continuando, como repartição pública controlada pelo PSD/M, não vai longe.
Agradeço ao Correio da Madeira a divulgação deste alerta de uma candidata a um concurso que anseia saber o resultado final, quando circulam rumores de que tudo está decidido. Infelizmente, não posso pedir, através dos canais próprios, a divulgação dos resultados do concurso a que me candidatei, e que julgo ter ganho, porque se o fizesse sobre mim recairia implacável vingança.
Enviado por Denúncia Anónima
Terça-feira, 7 de Janeiro de 2025
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