Miguel Albuquerque e a Política do Monólogo


Exonera, afasta, nega democracia e fala pelos outros.

M iguel Albuquerque insiste em dizer que está “disponível para falar” com Manuel António. Mas, honestamente, será que esta promessa vale alguma coisa? Afinal, estamos a falar de alguém que nunca demonstrou grande preocupação com a união, exceto quando esta lhe convém. Pior ainda, perseguiu aqueles que não alinharam com as suas ideias, preferindo isolar-se na sua torre de marfim, rodeado por ecos que repetem o que quer ouvir.

Será que acredita mesmo que, depois de tudo, Manuel António e os seus apoiantes vão aparecer de joelhos, prontos a beijar o anel de Sua Excelência? Não esquecer de incluir na comitiva o agora célebre Cervejeiro, rebatizado como “144” – uma homenagem ao número de votos que conseguiu nas internas do PSD em 2014. Com aliados assim, quem precisa de adversários?

Enquanto isso, a política do jogo sujo de manhã e das declarações de boa vontade à tarde segue sem resultados. Os buracos no novo campo de golfe simbolizam mais do que terrenos mal aproveitados – representam também as falhas de uma liderança que insiste em cavar trincheiras onde deveria construir pontes.

E se Miguel se sente isolado, talvez seja hora de tentar uma abordagem mais moderna. O ChatGPT está sempre disponível para uma conversa. Sem perguntas difíceis, sem críticas, sem memórias incómodas. Uma companhia perfeita para quem prefere um monólogo ao verdadeiro diálogo.

Mas a política, ao contrário da inteligência artificial, não espera. Melhor Albuquerque se despachar, porque enquanto fala sozinho, outros estão a construir o futuro – e pode não incluir o seu nome.

Enviado por Denúncia Anónima
Quarta-feira, 15 de Janeiro de 2025
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