E sclareço que escrevo como cidadão indignado com os comentários feitos na rádio por três figuras da região, Dr. Ricardo Vieira, Dr. Miguel de Sousa e Dr. António Trindade. Trata-se do assunto recorrente da atualidade política regional que é a recusa pela cúpula do PSD Madeira em ter eleições internas.
Esses três analistas presumem, com tamanha leviandade, que em 540 assinaturas nem existem 300 válidas e que tal se deveu a amadorismo da candidatura do Dr. Manuel António Correia.
E porquê? Porque das duas uma, ou tiveram acesso às atas do conselho de Jurisdição antes dos visados e analisaram e confirmaram as invocadas irregularidades, ou tratou-se de uma irresponsabilidade em comentar uma realidade assumindo a posição a favor de um lado. E isso ficou muito mal, sobretudo para os dois senhores que não militam no PSD Madeira. Quanto ao que milita no partido, percebemos que não perceba que o Dr. Manuel António tenha tão facilmente obtido 540. Miguel de Sousa só teve 144 votos nas internas, nem pagando jantares convenceu seus próprios trabalhadores, muito menos os militantes em geral. Essa votação demonstra o peso do senhor. Só alguns órgãos de comunicação dão palco a esse ruído da Madeira velha.
Lamentável que se continue a questionar assinaturas sem contraditório, sem dar a conhecer quem são os visados dessas irregularidades e sem lhes dar oportunidade para até corrigirem essas situações, caso seja possível. Ninguém questiona o essencial? Os 540 lutam para que se ouçam os militantes porque dessa decisão poderá sair o presidente da região. Não é um assunto de pouca importância para se brincar às irregularidades, como se isto fosse uma coisa de associação de vão de escada. Cumpriu-se o prometido pelo Presidente do partido e por outros também anunciado de que nunca haveria congresso nem internas.
E mesmo depois de três partidos convocarem eleições para legitimação das lideranças antes das regionais, o PSD continua a empurrar e a negar os direitos dos militantes e a violar os Estatutos, com medo de ouvir os militantes. Se esses comentadores analisarem os Estatutos verão que para convocar um congresso bastam "300 filiados regionais" , nunca fala em quotas pagas ou outro requisito. E os 540 foram mais exigentes e pagaram as quotas. Mas nem assim. É a prova de que a decisão em recusar o pedido de congresso e eleições internas estava tomada desde o seu início. É um atentado à democracia que não devemos aceitar. Hoje são ou outros mas amanhã poderemos ser nós. Não reagir é aceitar. Se nos manifestamos contra a situação da Venezuela temos obrigação de fazer na nossa terra. Não tolerar afrontas ao estado de direito e aos ideais de abril.
Enviado por Denúncia Anónima
Domingo, 19 de Janeiro de 2025
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