H oje, com o anúncio de que as obras do teleférico do Curral das Freiras irão avançar no verão, temos um momento perfeito para revisitar o teatro político protagonizado pelos partidos da oposição na Madeira. Durante meses, PS e IL, entre outros, dispararam críticas ferozes ao PAN Madeira, acusando-nos de compactuar com o PSD por causa de um acordo político. O pretexto? O famigerado teleférico, que parecia ser, para esses partidos, a mais importante das cruzadas ambientais.
Mas a peça perdeu o brilho em janeiro de 2024, quando a queda do governo PSD/CDS colocou a obra em suspenso. Subitamente, o tema foi esquecido, talvez porque as manchetes sobre a queda do governo eram mais apetecíveis do que a luta pelo ambiente. E eis que, em maio, com novas eleições e o PSD novamente em minoria, os nossos valentes defensores da moralidade ambiental decidiram enterrar o assunto de vez. Quem diria que o teleférico, outrora um símbolo de resistência, não passava agora de um detalhe irrelevante no fundo das suas prioridades políticas?
Ironias à parte, é curioso como na legislatura iniciada em setembro de 2023 houve uma avalanche de discursos, moções e protestos contra o teleférico e contra a deputada do PAN. Acusados de incoerentes e de não defenderem as suas causas, víamos um PS que durante 2 anos do processo do teleférico que nada fez, a atacar o PAN com isso, sabendo que havia um contrato assinado e uma responsabilidade que todos teríamos de assumir. E a iniciativa liberal, que apresentou logo uma proposta para suspender o projeto, participando nas manifestações e usando crachás mas em maio de 2024 quanto tinha a maioria do seu lado e o projeto ainda se encontrava suspenso, nada faz? Uma legislatura, com uma maioria de 25 deputados contra (IL, JPP, PS e CHEGA) e o silêncio foi ensurdecedor. Nenhuma proposta, nenhum questionamento. Parece que o amor pelo ambiente e pelo Curral das Freiras era apenas um amor de conveniência. A posição contra o teleférico nunca foi sobre proteger o ambiente ou ouvir a população, mas sim sobre atacar o PAN e lançar lama sobre o trabalho de quem realmente se importa com a população, é ponderado e fez o melhor que podia com as circunstâncias do momento.
Enquanto PS e IL orquestravam a sua sinfonia de críticas vazias, o PAN Madeira aproveitou uma oportunidade única para fazer valer as suas causas em áreas cruciais como a proteção ambiental, o bem-estar animal e a justiça social. Num processo transparente, explicou as suas razoes, esteve no terreno e negociou no sentido de diminuir o impacto ambiental, garantir a proteção das aves e acima de tudo, que este projeto fosse pensado realmente para as pessoas do Curral. O partido sempre assumiu que não era uma mudança de opinião, de facto há outras prioridades e questões a levantar sobre o contrato, mas quem tem poder de decisão sabe que por vezes é preciso tomar decisões por muito difíceis que sejam. Quando chegou o momento do PS e da IL terem poder de decisão, o que fizeram? Será que afinal o PAN estava no caminho certo e que ninguém se quis comprometer com os valores da indemnização que todos os madeirenses iam pagar? Ou todo o trabalho de auscultação, de exigência de estudos de impacto ambiental, provava que os fundamentos que se usavam, não eram os melhores? Parece que realmente fazer política com seriedade, dialogar e procurar soluções concretas é um crime imperdoável numa região onde o "deita abaixo" é o desporto favorito de tantos partidos.
A notícia de hoje é um lembrete claro: a retórica contra o teleférico não foi mais do que uma arma de arremesso político. Os verdadeiros interesses desses partidos? Não o ambiente, nem o bem-estar da população, mas a oportunidade de denegrir a imagem de um partido que ousou fazer diferente.
Espero que o PAN Madeira continue a fazer o que sempre fez: lutar por uma Madeira mais sustentável e justa, com coragem e resiliência. E talvez, um dia, quem sabe, os outros partidos descubram que fazer política é mais do que gritar nas manchetes ou aplaudir o próprio eco. Até lá, o meu voto é e sempre será do PAN!
Enviado por Denúncia Anónima
segunda-feira, 20 de Janeiro de 2025
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