O reitor da Universidade da Madeira, esse grande capitão do navio universitário, a navegar calmamente em águas turvas sem se preocupar se o barco vai ao fundo ou se está a meter água. É um verdadeiro génio da gestão académica, especialmente quando se trata de concursos internos. Como é que consegue, reitor, que a competência seja o último critério na lista de prioridades?
E depois há a maravilhosa distribuição de recursos. Cursos sem alunos mas com um exército de professores! Parece que a universidade descobriu a fórmula perfeita para o desperdício: contratar professores para cursos onde as cadeiras das salas são as únicas a assistir às aulas. É como construir um estádio de futebol para um público inexistente – mas com muitos árbitros e treinadores. E, claro, são precisamente esses professores que, misteriosamente, sobem na carreira. Como funciona esse milagre, reitor? Há alguma fórmula secreta que os outros não conhecem? Será que há um algoritmo secreto na Universidade da Madeira que premia a estagnação e a irrelevância em vez do mérito e da produtividade? Mas, ei, prioridades, certo? É muito mais importante manter o pessoal feliz nas áreas onde a única coisa que cresce é o número de professores sem aulas para dar.
Reitor, talvez esteja na hora de responder a algumas questões simples: qual é exatamente o plano para a Universidade da Madeira? Continuar a operar como um clube privado onde uns poucos escolhidos prosperam à custa do resto? Ou há, em algum canto perdido do seu gabinete, uma estratégia para inverter este declínio lento e vergonhoso?
A verdade é que a universidade deveria ser o motor do progresso, da inovação e da formação de uma nova geração de madeirenses. Mas, neste momento, parece mais um exercício de auto-preservação para meia dúzia de privilegiados que jogam bem o jogo político interno.
Portanto, reitor, aqui fica a sugestão: da próxima vez que sair um concurso interno, porque não faz um? Não de mérito académico, claro, porque isso parece estar em vias de extinção, mas de transparência e responsabilidade. Porque, até agora, os únicos que estão a subir são os egos inflacionados, enquanto a universidade afunda.
Enviado por Denúncia Anónima
Domingo, 26 de Janeiro de 2025
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