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Recorte JM 12-2-2025. O tema ferry não morre, é tão fácil retornar a "linha", a que nos serve. |
A prova de que o tema ferry trazido para a atualidade incomoda, é uma página inteira dedicada ao assunto no JM-Madeira (honra lhe seja feita, com fact-checks oportunos e contraditórios). O ferry agita as águas pantanosas deste assunto, com um acordo fechado para trazer a linha marítima novamente, anunciado no programa do JPP, depois de escorraçada pelo Governo Regional de então. É arriscado se atravessar assim se não for verdade, há negócio, porque simplesmente volta à solução antiga, por conta do armador, certamente sem bloqueios e taxinhas.
Questiona-se o JM como será possível um acordo sem haver concurso público para o efeito? Fazendo um exercício de memória, o ARMAS operou de 2008 a 2012 sem concurso público e sem indemnizações compensatórias. Apenas manifestou às autoridades regionais e nacionais a vontade de fazer a linha Funchal, Portimão, em trânsito de e para Canárias.
A linha funcionou bem e a operadora até equacionava mais uma viagem semanal para satisfazer a crescente procura. Mal sabiam os "canarinos" de que o seu sucesso seria a sua desgraça, pois à medida que a sua posição aumentava no mercado, o incómodo de quem detinha (e detém) o monopólio dos transportes marítimos também crescia. O resultado desse incómodo já todos sabemos...
Agora percebe-se que a JPP propõe-se a relançar a operação nos mesmos moldes daquela em que ocorreu da primeira vez (2008-2012), onde o operador entendeu fazer o seu negócio passando pela Madeira, transportando passageiros e carga e abrindo assim a “autoestrada marítima” aos madeirenses e a todos os que desejassem visitar a Madeira, aproveitando a viagem do ferry. Os empresários também aproveitaram o embalo para fazerem as suas operações num transporte mais rápido, mais moderno e mais económico que a operação em navio porta-contentores.
Tudo isto sem a necessidade das generosas indemnizações compensatórias à Empresa de Navegação Madeirense (ENM), quando o Governo Regional resolveu abrir um concurso público internacional para efetivar a ligação marítima Madeira - Território Continental, com, recorde-se, um milhão de euros por mês. E ainda assim, insuficientes para garantir a sustentabilidade financeira à ENM, curiosamente (ou não) pertencente ao grupo económico monopolista nos transportes marítimos da Região. Quem é que é que não acha que é o PSD que põe a Madeira (de alguns) em marcha?
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Há partidos ou partidários a quem o regresso do ferry fere? Pelo menos intoxicam a opinião pública. |
Mas falando da necessidade de concurso público, é legítimo também perguntar se o avião cargueiro foi precedido de concurso público para se efetivar a sua operação. Ou, bem mais próximo dos órgãos de Comunicação Social, o Mediaram, apoios concedidos para a produção e emprego, também foi alvo de concurso público?
A linha marítima Madeira – Território Continental tem enfrentado um “mar da travessa” económico que até agora tem inviabilizado a sua concretização por falta de vontade política e incompetência dos quadros PSD dos fracos governos de Miguel Albuquerque, que gostam desta débil governação que serve apenas os interesses instalados. Mas a maré está a mudar…
Enviado por Denúncia Anónima
Quarta-feira, 12 de fevereiro de 2025
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