O Funchal


Depois de um presidente arguido em vários crimes de corrupção, surge finalmente uma dupla de ouro pronta para levar a cidade… diretamente para o buraco: Jorge Carvalho e Carlos Rodrigues.

C omecemos pelo Jorge Carvalho. Grande orador! Não há discurso seu que não seja uma espécie de remix de gaguez e incoerência. Em cada intervenção nunca se sabe se vai conseguir chegar ao fim de uma ideia sem tropeçar nas palavras. Não consegue.

O currículo? Uma licenciatura em Educação Física na Universidade da Madeira — perfeito para gerir trânsito, obras e finanças públicas, não é? Mas a cereja no topo do bolo foi o tempo em que foi presidente da Associação de Estudantes. Em vez de fazer voluntariado, como é suposto, recebia salário. Um verdadeiro estágio para a política madeirense: ganhar dinheiro sem ninguém perceber bem porquê.

E depois, claro, veio o período como Secretário da Educação. Aí mostrou todo o seu talento: perseguições, atas escondidas, e uma forma de governar tão transparente como um muro de betão. Uma aula prática de como transformar a educação num campo de batalha pessoal. Só faltou mandar instalar câmaras de vigilância nas mochilas dos alunos. Uma verdadeira masterclass em como transformar uma secretaria num feudo pessoal.

Já Carlos Rodrigues é outra maravilha. O peso pesado da diplomacia madeirense. Carlos Rodrigues. Um homem capaz de transformar qualquer conversa política num episódio de Sopranos. A sua grande contribuição para a democracia? Ameaçar o JPP de que, se não se portassem bem, acabavam no fundo do mar. A sua ideia de debate político foi avisar o JPP de que, se não se portassem como ele queria, acabavam no fundo do mar. Que fofura! Assim mesmo, em modo padrinho da máfia.

Portanto, caros funchalenses, estas são as opções maravilhosas que se apresentam: um gaguejador profissional com tiques de ditador em miniatura e um valentão de esquina que acha que ameaças de afogamento são política moderna.

E nós a pensar que o pior já tinha passado com um presidente arguido por corrupção.

Portanto, caros funchalenses, aqui estão os nossos candidatos, um gaguejador com delírios de chefe e um valentão de tasca que confunde democracia com mergulho forçado.

É isto que é necessário não eleger para a nossa cidade. Depois de corrupção, ameaças e incompetência, precisamos de esperança e nesta cidade existem seres humanos bem melhores que estes para presidente.