Os negacionistas da verdade: notas esparsas


1. Fomos "intoxicados" com as declarações de um especialista em gaiado (um suposto cientista) em defesa da pesca do mesmo na área protegida das selvagens. Será que este especialista é "independente" ou recebeu algum "bónus" para vir em defesa do Melro Preto (que foi alvo de uma queixa no Ministério Público, na operação "Gaiado Científico") e dos seus parceiros co-arguidos (na sua maioria) governamentais?

Faz lembrar aquela Comissão de Saúde que aconselhava Marcelo a declarar o Estado de Emergência, na qual havia um membro que era doutorado em "migração de sardinhas". Decerto as sardinhas tinham a variante "cão-vide". Ou do outro que, em insistente projecção e defesa pública das inoculações-19, às quais deram o nome de vacinas, se veio a descobrir que era o consultor da Pfeizer (um dos fabricantes da mesma). Isto sem falar na imprensa que recebeu milhões para alinhar numa narrativa do medo.

2. Gil Rosa saiu da jarra para voltar a apresentar o debate aos sábados com David Caldeira (amigo pessoal de Eduardo Jesus; grupo Bay a quanto obrigadas engolir... hipopótamos) e com o sempre frontal António Jorge Pinto. Mas parece que esse período "de molho" não lhe fez bem, pois continua a ser especialista em (tentar) interromper quem diz as verdades.

Continua a ser o "ponta-de-lança" de Albuquerque para (tentar) minimizar os danos em aquecimento para a campanha eleitoral. Continuando sem se perceber (ou talvez seja o oposto) a razão pela qual pessoas de outros partidos ou até independentes não tem acesso a um espaço que é pago com os impostos de todos nós: a rádio supostamente pública (para defesa de alguns interesses privados).

3. Ricardo Miguel Oliveira é o rosto regional do "negacionismo da verdade" (do pior que há) e da narrativa que não admite nem o contraditório nem os factos mais que evidentes. É daqueles que são pagos para fazer da ciência uma religião, esquecendo-se da circunstância que até na ciência pode não haver consensos e muito menos unanimidade. A evolução da mesma deveu-se à velha máxima filosófica "da tese e da antítese resulta uma síntese". O poder e quem neste manda fez da ciência um "sincretismo religioso".

4. Eduardo Jesus não foi acusado mas também não foi absolvido, precisamente porque o processo não seguiu os seus termos: ir a julgamento. Foi pura e simplesmente arquivado porque o "amigo" delegado do MP acreditou que o "homem das medalhas" não lia os pareceres que lhe colocavam em cima da secretária.

Caso para perguntar: o que anda a fazer na mesma (sobretudo em cima...) sendo pago por todos nós?

Não é de estranhar mais um arquivamento (no caso regional, branqueamento) de um processo que envolve quem, "grosso modo", pratica o desvio de poder.

Desde a operação "milho frito" (que lesou os contribuintes madeirenses em milhares de milhões de euros) que se vê o "concubinato" entre a política e a justiça(?) que se faz na Madeira, na boa linha do que já escrevera Abílio Manuel da Guerra Junqueira:

"Vi a  traição e a cobiça
Fazendo festins reais
No corpo nu da Justiça
À Porta dos tribunais."

Os fundamentos do arquivamento são um prémio (nem que seja de consolação) para a denúncia anónima, a qual, afinal, fez todo o sentido (ou seja, teve fundamento quanto aos factos), menos para a manifesta parcialidade do delegado do Ministério Público no que toca à avaliação dos mesmos.

5. Este é um caso que já foi descrito aqui no CM: uma denúncia com fundamento (como foi este caso) é arquivada. Não tivesse sido anónima, o Eduardinho (em conivência com o seu amigo delegado) aproveitaria para apresentar uma queixa-crime por difamação. E assim, quem pretendia Justiça ainda era penalizado. 

Não é por acaso que na Madeira "o crime compensa".

Falam tanto do incómodo das denúncias anónimas (quando quem não deve nada deveria temer) mas esquecem a óbvia desvantagem destas: não há possibilidade de requerer a abertura da instrução. Isto dá um poder ao Ministério Público (órgão em que, tal como todos os outros, a integridade dos seus membros não é um valor absoluto) de poder ser conivente com os arguidos (em especial, por exemplo, aqueles com quem se partilha festas e cocktails no Palácio de São Lourenço ou em "roof-tops" mais discretos para altas "cowboiadas").

6. Mas a "saga" judicial de Eduardo Jesus não termina aqui. Ainda está por resolver os ajustes directos à ECAM (empresa de que foi presidente e continua a ser consultor) por via da Associação de Promoção da Madeira, na qual é o presidente da Direcção (à data dos factos). 

De acordo com o que foi publicado e disponibilizado nesta plataforma, tais ajustes foram objecto de mais uma denúncia. Esperamos que desta vez o processo seja instruído em Lisboa, no DCIAP, pois aqui na Madeira nem chegará a julgamento. 

Caso assim não suceda e se ao delegado do Ministério Público faltar argumentos para (mais um) arquivamento, oferecemos este: Eduardo Jesus é o "Stevie Wonder da trafulhice": faz as coisas sem conseguir ver um palmo à frente. Afinal, nem sequer viu o estado em que deixou o Turismo na Madeira (esquecendo que quantidade não é qualidade; o que verdadeiramente nos distinguia), debitando números na boa linha, aliás, da sua formação de contabilista.

Bem vindos à RAM: Região Autónoma de Mamões!

Um abraço da Maria Gustava dos Prazeres & Moraes, a ver muita desta malta nas férias de inverno

Enviado por Denúncia Anónima
Domingo, 2 de fevereiro de 2025
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