"Rivieras": o negócio imobiliário é o novo paraíso dos políticos?

A Madeira está como está, social e judicialmente, porque os negócios à volta da construção e promoção imobiliária tomaram conta do poder e do erário público. Se a nossa própria experiência não bastasse, agora temos o mesmo problema nos Estados Unidos, com um promotor imobiliário que vê Rivieras em todo o lado, a "desconjunturar" equilíbrios que levaram décadas a se estabelecer na Ordem Mundial, um rumo do mais forte, não importa ninguém, vale o imperialismo e a cegueira do uso da política por alguns, para ir mais longe nos negócios, aparentemente sem ninguém se importar com os conflitos de interesses.

O eleitor elege promotores imobiliários e não governantes do bem comum?

Nós por cá, parecem pipocas, pelos vistos, vários ministros, ministras, secretários de estado, secretários, diretores regionais e presidentes de autarquias, todos têm participação ou são donos plenos de empresas  imobiliárias. Algo deve existir assim de tão fascinante neste ramo de atividade. Portugal está a venda. Já percebemos quem lucra.

Não há habitação a preços acessíveis, seja para venda ou arrendar. E eles são eleitos para administrar a coisa pública, não para se aproveitar do poder para negócios pessoais. Já começamos a compreender. O que é fascinante neste negócio são as comissões, as influências, os contactos, tudo o que qualquer político faz tão bem. Todos eles inspirados no seu ídolo, Donald Trump, também ele um exemplar agente imobiliário, que ganhou dimensão milionária, com a construção e venda de prédios e casas. Não admira que o presidente do governo regional da Madeira, pessoa que muito estimo, cheio de visão, tenha promovido tanto a área imobiliária da RAM, assim como defendeu os Golden Visa para quem investisse em... imobiliário. 

Consta que é fácil entrar nesse mercado imobiliário, o que é difícil é ter resultados. Na verdade o difícil de compreender é como se enriquece depressa, sempre os mesmos. O imobiliário é sem dúvida um velho novo mundo.

Enviado por Denúncia Anónima
Segunda-feira, 24 de fevereiro de 2025
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