Ao povo que virá.

 

Chegará um dia, um tempo, um grito,
um povo sem medo, sem dono, sem mito.
Não dobram a espinha, não baixam a voz,
são muitos, são livres, são eles, são nós.

Sem cor de bandeira a ditar o caminho,
sem beijos forçados, sem falso carinho.
Não há quem os compre, não há quem os pare,
não devem favores, não são quem se cale.

Rasgam promessas, queimam papéis,
desprogramam verdades ditas a fiéis.
Olham a ilha sem filtro imposto,
veem além do que foi proposto.

O interesse comum será a realidade,
onde a sustentabilidade ganha prioridade.
O povo unido, em sua força viva,
descobre uma nova forma de vida.

Não aceitam esmola vestida de lei,
sabem que a terra é de quem a pisa.
Se há mão que aperta, há mão que reclama,
se há fome de justiça, há quem a busque com chama.

Basta de medos, basta  de nada,
não há mais donos da sua estrada.
E quando vierem cobrar o respeito,
saberão que o povo já anda direito.

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