N a Universidade da Madeira, a inovação nunca para. Enquanto outras instituições de ensino superior se debatem com aquela chatice das eleições competitivas, debates acesos e candidatos com ideias próprias, a UMa encontrou uma solução muito mais eficiente: eleições sem concorrência! Sim, leu bem!
O magnífico (em todos os sentidos) Reitor, um grande amigo dos laranjinhas Albuquerques, aqueles mesmos que dominam a Madeira com a mesma frescura de um bolo do caco acabado de sair da chapa, foi reeleito por unanimidade. Afinal, quando só há um nome na corrida, o resultado é tão certo como a Poncha no Carnaval.
Mas o melhor detalhe deste prodígio democrático é que os concursos internos, sempre muito transparentes, claro, são presididos pelo próprio eleito. Ora, quem melhor para garantir que tudo corre bem do que o próprio árbitro, juiz e jogador ao mesmo tempo? Um verdadeiro homem dos sete ofícios!
Imaginem um jogo de futebol onde um dos jogadores é árbitro, VAR e ainda marca os golos. O resultado? Vitória esmagadora, sem prolongamento nem penáltis. Aqui não há risco de surpresas ou de um outsider aparecer com ideias perigosas, como mudanças ou independência académica. Deus nos livre de tais perturbações!
Entretanto, os alunos e professores assistem a este espetáculo de democracia à moda da Madeira, onde a transparência é tão límpida como a neblina no Pico Ruivo. Uns aplaudem, outros fingem que não viram nada, e os mais ousados comentam no corredor – mas baixinho, porque nunca se sabe quem está a ouvir.
No fundo, há que dar mérito ao nosso Reitor. Gerir uma universidade sem concorrência é uma arte. Já dizia o velho ditado: “Quem tem amigos, tem tudo.” E quem tem amigos no poder, tem mandatos vitalícios!
Enviado por Denúncia Anónima
Quarta-feira, 19 de março de 2025
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