Se vês o desastre acelera mais, em teu proveito, quem ficar que feche a porta.


Com este custo de vida e estes vencimentos, qualquer dia turista vem ver turista ou Industão e nós todos emigrados.

E stou muito curioso com o que se vai passar a 23 de março deste ano na Madeira, já percebi que a estratégia é desconversar e acusar partidos da oposição para evitar debate sobre um Governo que tão só não governa para madeirenses como está acusado e quase todo arguido (vem mais a caminho), que não ouve os sinais do tempos e insiste nos erros. Não fosse o Madeira Opina nada disto era abordado e os madeirenses votariam cegamente... ou não. A máquina da distração e entretenimento é enorme, mesmo no Inverno, o Carnaval até veio disfarçar o outro dos nossos candidatos.

Se, após a pandemia da Covid-19, os governantes não só ignoraram a necessidade de diversificar a economia, mas ainda aceleraram a dependência excessiva do turismo e do crescimento descontrolado da construção hoteleira, podemos apontar algumas críticas e reflexões. Por onde querem ir? Lóbismo ou incompetência? Vamos nos fazer despercebidos...

Miopia estratégica e falta de planeamento. A pandemia provou que uma economia baseada quase exclusivamente no turismo é extremamente vulnerável. Em vez de corrigir essa dependência, os governantes dobraram a aposta, o que revela uma visão "curta de longo prazo".

O interesse de Grupos Específicos (lobbies da construção e turismo). A expansão acelerada da hotelaria pode ser mais benéfica para investidores do que para a população local. Estamos a ver o resultado da massificação, já não se pode, chateia! Pode indicar um favorecimento a setores específicos, ao invés de um real compromisso com um crescimento equilibrado! (Foi inocente, não foi?)

Especulação imobiliária e impacto no custo de vida. O excesso de hotéis pode elevar o preço do solo e dificultar ainda mais o acesso à habitação para residentes. Mas por cima temos a bolha imobiliária com a pressão sobre solos aráveis, a construção para ricos, a estupidificação imobiliária. Estamos no fenómeno da "turistificação", onde os lugares são feitos para turistas e não para quem vive nelas (AL), ou ainda pior, um chute nos madeirenses de zonas que se tornaram caras, a gentrificação (chegada massiva de estrangeiros).

Ambiente e Qualidade de Vida Ignorados. Mais betão significa destruição de paisagens, sobrecarga dos serviços públicos e infraestruturas. Eu imagino os tours náuticos pela costa do Funchal a parede de betão que não se vê! Uma política sustentável deveria focar-se no equilíbrio entre turismo e outras atividades económicas, não na saturação.

Perda de oportunidade para reformas estruturais. A pandemia mostrou a necessidade de diversificar a economia, investir em setores como tecnologia, inovação e produção local. Governantes que ignoraram essa lição preferiram o caminho mais fácil, sem inovação, sem planeamento para o futuro. Mas garanto-vos que nunca se esqueceram da sua algibeira ... a deles.

Se, depois da pandemia, a política foi de mais do mesmo, mas em maior escala, então a gestão foi baseada em interesses imediatos, pressão económica de grupos privilegiados e falta de visão estratégica. Em vez de se preparar um modelo sustentável e resiliente, os governantes sacrificaram o futuro em prol de ganhos rápidos e benefícios para poucos. Já viram como eles tanto se pavoneiam com números e medalhas, mas ninguém vê a terra queimada?

Quero focar um outro pormenor, mas vou escrever outro texto.

No entanto, termino com esta pérola de 8 de fevereiro de 2022, na versão responsável de um estudioso. "A opinião é de João Lemos Batista, investigador na área do turismo, autor de uma tese de doutoramento sobre planeamento e modelos de avaliação no turismo". Ninguém sabe se diluindo concelhos as médias ficas melhor. O Funchal diluído com Santana ou São Vicente.

Enviado por Denúncia Anónima
Segunda-feira, 3 de março de 2025
Todos os elementos enviados pelo autor.

Adere ao nosso canal do Whatsapp
Adere à rede social europeia Mastodon: a nossa conta
Adere à nossa 
Página do Facebook
Adere ao nosso grupo do Facebook: Ocorrências CM
Segue o site do Correio da Madeira
Link para donativo

Enviar um comentário

0 Comentários