P odemos ter a certeza: este Coordenador, por muito que a Madeira esteja a arder, ao contrário de outros, não vai fazer férias para o Dubai. Vai dedicar-se inteiramente à campanha do amigo, (ex) sócio e presidente de partido, Miguel Albuquerque.
Será que foi este o critério de escolha de Miguel Albuquerque? Alguém que jamais abandonaria a campanha em pleno período quente. Se, sim, foi muito bem visto por Miguel Albuquerque. Deixemos as ironias (e o sentido de humor) de parte.
Este não é um texto pessoalizado. Não é um texto contra o Pedro Calado. É um texto contra esta Madeira que herdamos em 2025 do PSD/Renovação.
Pedro Calado - que viu o Tribunal da Relação exigir a entrega do passaporte e confirmar a existência de fortes indícios da prática de crimes de corrupção - tinha reafirmado há poucos dias que não teria cargos partidários. E muito menos voltar à vida pública.
Só que a credibilidade e a palavra de Pedro Calado (ou falta delas) rivalizam com as de Miguel Albuquerque. São muitas incoerências, mentiras e mudanças de posição. Parece haver desnorte. O PSD/Renovação perdeu-se na sua soberba, anda à deriva, e sobrevive do sequestro da Madeira.
A vitimização da moção de censura, da queda do orçamento, das obras que vão parar (só se for por opção da Renovação), a culpa da instabilidade política (que é toda própria).
Afinal, e conforme fez questão de anunciar Miguel Albuquerque em público, Pedro Calado será o coordenador da campanha do PSD no Funchal.
As recentes aparições natalícias no mercado com os membros da Câmara Municipal. As idas às várias iniciativas do PSD. A enigmática e suspeita Associação do Monte. O despacho da Relação que o impediu de ser n° 2 de Albuquerque nestas listas. Calado, mais uma vez, a dar o dito por não dito, a voltar atrás na palavra, a mentir aos madeirenses.
Vamos ter como coordenador de campanha do PSD alguém fortemente indiciado pelo Ministério Público, e confirmado pelo Tribunal da Relação de Lisboa, da prática de crimes de corrupção. Alguém que aos olhos da Justiça tem o passaporte preso por representar perigo real e concreto de fuga.
Uma situação destas só é possível nesta Madeira podre: em qualquer outro sítio do mundo, onde a decência tivesse lugar, jamais isto seria realidade.
Recorde-se que Pedro Calado, que não declarou poupanças próprias ao Tribunal Constitucional enquanto esteve em cargos públicos, movimentou verbas próximas de um milhão de euros nesse período, de acordo com o Ministério Púbico, e parte desse valor em numerário.
O próprio Calado, depois de 22 dias nos calabouços da Polícia Judiciária, foi peremptório: "Daqui para a frente, não faço mais intenções de exercer qualquer cargo político, público ou partidário, está completamente afastado."
A credibilidade do exercício de funções públicas não é compatível com suspeições, mentiras frequentes ou derivas. O PSD/Renovação trouxe à politica o pior que a Madeira tem.
Enviado por Denúncia Anónima
Sábado, 1 de março de 2025
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