Bando de sorrateiros
P ara quem está atento e lê, está a perceber que por estes dias, todo um bando de sorrateiros anda a lavar a cara das tropelias durante a campanha eleitoral, para fazer Miguel Albuquerque ganhar, entre eles está o jornalismo, apareceu a Igreja, mas há mais. Regressaram ao fingimento ou à verdade? Não sei, mas agora dizem e revelam algumas verdades, os ardilosos e sonsos vêm partilhar a crítica para recuperar idoneidade. Deve ter sido doloroso verem-se a afundar na idoneidade porque não tinham mais remédio para poupar a dependência do Governo e do Partido. A população deve registar para todo o sempre, por justiça àqueles que foram perseguidos e tidos por más-línguas. Eles diziam a VERDADE!
Durante a campanha, pairava um silêncio estranho sobre a Madeira, foi um surrealismo numa realidade paralela. Um silêncio cúmplice, pactuado. Nem jornalismo, nem igreja, nem instituições com responsabilidades públicas se atreveram a dizer, com clareza, o que se passava realmente por detrás da cortina da governação de Miguel Albuquerque. Tudo controlado através dos peões nas Instituições que estiveram em trabalhos sujos de campanha. Todos sabiam, era impossível não saber, mas todos calaram. Alguns, depois de tanta crítica, apoiaram Albuquerque, Manuel e Alberto. Outros beatificaram com a presença, aliaram-se diante de processos judiciais, de suspeitas sérias de corrupção, de um ambiente político que cheira a compadrio a cada esquina. Calaram-se diante de uma campanha onde se vendia estabilidade embrulhada em medo, e onde a alternativa era tratada como ameaça ao "bom nome da região", os idiotas sem condições para governar.
E agora, depois de Miguel Albuquerque vencer, com um resultado que mais diz do sistema do que do povo, começam a surgir tímidas vozes. O jornalismo "descobre" problemas que sempre lá estiveram. A igreja, que durante semanas se absteve de qualquer posição crítica, agora ergue a voz, falando de valores e responsabilidade. Onde estavam antes?
Não é coragem, é cálculo. Não é ética, é cosmética. Agora, depois da decisão tomada, depois de já não haver perigo de “interferência”, lavam as mãos como Pilatos e dizem: "nós avisámos" ou "sempre estivemos aqui". Mas não avisaram. Assistiram. Compactuaram com o silêncio. Com o medo. Com a farsa. Com o bico doce por algo.
O povo, esse, continua a pagar. Uns votaram iludidos, outros rendidos, muitos nem sequer apareceram. Mas uma coisa é certa: o sistema voltou a ganhar, porque quem o devia fiscalizar preferiu a conveniência à verdade. E a Madeira, essa, continua a ser governada como uma quinta onde só entra quem beija a mão ao dono.
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