Sodoma e Gomorra, Génesis.

A história da ruína das cidades que desafiaram o céu.

N um vale fértil junto ao Jordão, havia duas cidades prósperas: Sodoma e Gomorra. De fora, pareciam ricas e tranquilas. Mas por dentro, diz-se que fervilhavam de corrupção, crueldade e egoísmo. As leis da hospitalidade tinham-se perdido. A ganância tomava o lugar da compaixão, e o prazer sem limites tornou-se regra. O sofrimento dos fracos era ignorado e o justo era ridicularizado.

Deus, ao ver tamanha injustiça, decidiu intervir. Mas primeiro quis saber se todavia existia justos entre eles? Foi então que Abraão, homem de fé e compaixão, intercedeu. Perguntou ao Senhor:
– “Se houver 50 justos, destruirás a cidade?”
Deus respondeu:
– “Se encontrar 50, pouparei toda a cidade por amor a eles.”
E Abraão continuou a negociar… 45, 40, 30, 20… até 10.
– “Se houver apenas 10 justos, ainda assim vais destruí-las?”
– “Não, por 10 justos não o farei.”

Em Sodoma e Gomorra nem 10 foram encontrados.

Dois anjos foram enviados a Sodoma, onde foram acolhidos por Lot, o sobrinho de Abraão, um homem justo no meio da desordem. Lot insistiu para que ficassem na sua casa e fossem protegidos. Durante a noite, os habitantes da cidade cercaram a casa exigindo que os anjos lhes fossem entregues, não com boas intenções, mas com sede de violência.

Os anjos então revelaram quem eram e disseram a Lot:
– “Reúne a tua família. Foge. Esta cidade será destruída ao nascer do sol.”
Ao amanhecer, uma chuva de fogo e enxofre caiu dos céus. As cidades foram varridas do mapa, reduzidas a cinzas. Nada ficou de pé. O vale fértil tornou-se terra morta.

Lot e a sua família fugiram para as montanhas. Mas a mulher de Lot, desobedecendo ao aviso, olhou para trás e foi transformada numa estátua de sal.

A história de Sodoma e Gomorra tornou-se símbolo da queda provocada pela arrogância, pela indiferença ao sofrimento alheio e pela perda do sentido de justiça. É também uma história de aviso e esperança, de que mesmo diante do juízo, há espaço para intercessão, misericórdia e a possibilidade de escapar com vida, se se estiver disposto a mudar de caminho.

Reencaminhem o texto aos novos Governantes.