Miguel Albuquerque e as prioridades urbanísticas dão uma comédia ambiental


O ra bem, o nosso querido Miguel Albuquerque, sempre atento às questões de utilidade pública, decidiu recentemente expropriar vários bens imóveis em Santa Cruz para obras de canalização de um ribeiro. Nada contra, afinal, canalizar um ribeiro parece ser essencial... para alguma coisa. Mas Miguel, só uma perguntinha rápida, e as ETARs do Funchal, como ficam?

A começar pela da gloriosa Praia Formosa, que poderia ostentar a bandeira azul... se a cor do mar não fosse, digamos, duvidosa. Não seria uma excelente ideia expropriar ali aquele terreno do CR7 hotel para construir uma ETAR ecológica e moderna? Já imaginou? Uma infraestrutura que não só tratasse a água como também, quem sabe, não cheirasse a mil infernos. Que tal uma ETAR com design sustentável, placas solares, jardins suspensos e talvez até um espaço para yoga? Uma verdadeira atração turística! Porque, convenhamos, o atual "lixo líquido" que escorre pelo mar não está propriamente a competir com os paraísos das Caraíbas.

Mas talvez seja pedir demais, afinal, entre canalizar ribeiros em Santa Cruz e fazer algo pelo saneamento básico da maior cidade da Madeira, as prioridades parecem estar bem claras. Talvez o próximo passo seja transformar as ETARs em museus históricos da negligência ambiental, já que têm resistido firmes e fortes por tanto tempo sem manutenção decente.

Por isso, fica a sugestão, em vez de continuar a expropriar terrenos em Santa Cruz, deixe a JPP em paz, que tal expropriar a vergonha e a falta de gestão eficiente na Madeira toda? O povo agradece!

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