Sementeira de ineptos


A presença de figuras ineptas na administração pública regional representa uma afronta à autonomia e à dignidade institucional da Madeira. A nomeação de indivíduos sem a devida competência técnica para cargos de liderança compromete não apenas a eficiência dos serviços públicos, mas também a confiança dos cidadãos nas instituições que deveriam servi-los com excelência e responsabilidade.

A autonomia regional, conquistada com esforço e legitimada pela Constituição, pressupõe uma gestão pública eficaz, transparente e alinhada com os princípios democráticos. No entanto, a persistência de práticas administrativas questionáveis, como a nomeação de dirigentes sem o devido mérito, mina os fundamentos dessa autonomia. A situação torna-se ainda mais grave quando tais nomeações resultam em orientações técnicas erradas, desmotivação das equipas e prejuízos diretos para os cidadãos que dependem dos serviços públicos.

A crítica à incompetência na administração pública não é apenas uma questão de eficiência, mas também de justiça social. Os cidadãos têm o direito de esperar que os seus impostos sejam geridos por profissionais qualificados e comprometidos com o bem comum. A perpetuação de uma cultura de favoritismo e negligência técnica constitui uma traição a esse direito e uma violação dos princípios que sustentam a autonomia regional.

É imperativo que as autoridades regionais reconheçam a gravidade desta situação e tomem medidas concretas para assegurar que os cargos de liderança na administração pública sejam ocupados por indivíduos com comprovada competência e integridade. A transparência nos processos de nomeação, a valorização do mérito e a responsabilização por decisões administrativas são passos essenciais para restaurar a confiança nas instituições e honrar o espírito da autonomia regional.

A Madeira merece uma administração pública que reflita o melhor dos seus valores e capacidades. A presença de indivíduos incompetentes em posições de poder não é apenas uma falha administrativa; é uma afronta à autonomia e ao futuro da região.

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