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| 11 de maio de 2025 |
Os partidos tradicionais ainda "brincam" em campanha?
Q uanto mais se avisa o que é a extrema-direita, mais as pessoas arriscam, sobretudo os jovens masculinos portugueses. O Chega continua a subir porque as mafias não param, como na Madeira. A extrema direita cresce porque os partidos tradicionais não dão resposta e, em campanha, brincam e desconversam, não há compromissos, querem cheques em branco.
No continente, mais o PSD mas também o PS, aderiram ao "programa eleitoral" de Albuquerque, em vez de cozinheiros, agora temos motoqueiros, nadador salvador, atleta de voleibol, etc, mais uma campanha a brincar por orientação das agências de comunicação, como a de Cunha Vaz. Se resulta e o povo admite e permite, então vota no ator mais engraçadito. Para quê pedir responsabilidade e compromissos? E os partidos têm melhores atores do que Ventura?
O que faz o Chega? "Malha" de manhã até à noite, atingindo o que revolta as pessoas e isso contrasta com os partidos tradicionais a desconversar num programa de variedades. Na Madeira resultou, mas parece-me que no continente não e o Chega continua a subir.
Isto funciona contra a democracia, cria no eleitor um impulso de "vingança" porque percebe que os partidos tradicionais querem passar o tempo em campanha, em vez de debater e fazer compromissos sobre o que aflige a população. Os partidos sabem que se falarem por exemplo de Saúde e Habitação vai correr mal, o que dizer das forças armadas e a soberania em tempos de ameaças na Europa, e o nosso mar, quem defende? Qualquer prisma da vida dos portugueses dá barraca se debater numa campanha, por isso, brincam e atingem-se pessoalmente.
Os partidos tradicionais querem cheques em branco, o eleitor acaba votando no Chega para castigar. São muitos, serão mais. A democracia não morre porque o Chega faz o seu trabalho, mas porque os partidos tradicionais não se corrigem.
O impulso na cabine de voto é grande, porque os partido tradicionais traem, são corruptos e não ouvem.
