Universidade da Madeira: a farsa dos concursos e os favoritos.


A Universidade da Madeira abriu diversos concursos para professores associados e catedráticos, uns há quase um ano, outros há sete ou oito meses. Até hoje, nada! Basta consultar os procedimentos concursais aqui:

Em todos os concursos, o número de candidatos é reduzido. Nalguns, dois, no máximo cinco.

Na sua maioria, todos os júris são presididos pelo Reitor da UMa. Apenas num ou noutro da Faculdade, à qual o Reitor pertence, a de Artes e Humanidades, foi, posteriormente, a presidência atribuída ao ex-reitor, José Carmo. O que não augura nada de bom.

Ninguém consegue explicar a demora em atribuir as vagas. Mas deve haver alguma razão. Escondida, por certo, mas que provoca ansiedade e prejudica gravemente os concorrentes.

Tudo isto já foi aqui exposto, por diversas vezes, no Madeira Opina, porque nos outros órgãos de comunicação social há censura.

Bem sei que muitos concursos da UMa acabaram por bater no Tribunal Administrativo. Até agora o atual Reitor jogou com a demora do Tribunal. Mas o cerco apertou. Recentemente, a UMa viu o Tribunal Administrativo anular um concurso de 2020. Outros se seguirão, muito em breve. Apesar de não ter razão, a UMa recorre, pagando, a peso de ouro, recursos, aos advogados do costume: Rogério Sousa e Guilherme Silva.

Para os advogados, a UMa tem sempre dinheiro. Para o que, verdadeiramente interessa, não.

Mas a UMa treme!

Seria interessante, ler um artigo do Magnífico Reitor da UMa sobre os concursos. Mas sobre isso ele não escreve. Como sempre, deambula. Dissimula. É um fingidor, não um poeta.

Senhor Reitor, como é possível ainda não estar concluído um concurso, no qual somente há dois concorrentes, já são oito meses?

O Reitor da UMa ainda não percebeu que a sua intimidade com o PSD é fatal para a instituição que dirige.

Este Reitor, que é um professor auxiliar, que levou quinze anos para fazer a sua tese de doutoramento e que publicou dois ou três artigos científicos, não tem perfil para dirigir uma Universidade. Falta-lhe categoria – a de catedrático, a exemplo de todas as universidades portuguesas – e perfil científico.

A imagem que a UMa transmite, quanto aos concursos para provimento da carreira de professores, é de uma organização sem independência, sem organização, sem senso crítico e altamente comprometida com as clientelas do poder regional. Uma instituição à deriva! Ou a caminho de um Politécnico.

Uma Universidade que aguarda o tempo oportuno para abrir concurso para que os candidatos tenham o perfil necessário, que protela a avaliação, atrasa-se na publicação de resultados, atribui o lugar ao favorito, não ao mais competente ou idóneo. Tudo isto é fatal para a UMa. E tudo vai parar no Tribunal.

A UMa carece de uma urgente intervenção do Tribunal de Contas e das entidades competentes do Ministério do Ensino Superior, sob pena de ser mais uma sucursal do PSD/Madeira, sob a batuta do actual Reitor.

Enviar um comentário

0 Comentários