Caro Bruno Melim,
Desculpa a frontalidade, mas está difícil não reparar, és tipo um quadro pendurado na parede do PSD-Madeira, está lá, ocupa espaço, mas ninguém sabe bem para quê. Diz-me uma coisa, Bruno, alguma vez fizeste algo na vida que não tivesse o selo “Apoiado por Papá Melim” ou “Miguel Albuquerque Approved”? É que quem te vê até pensa que foste moldado num laboratório da JSD, com a função única de acenar com a cabeça e bater palmas sempre que o chefe fala. Que talento para o aplauso, Bruno! Um verdadeiro maestro da reverência.
E as eleições internas da JSD? Ah, essas belas democracias simuladas... nunca foste a votos, pois não? Que azar. Parece que o medo de perder o tacho é mais forte do que a vontade de dar o peito às balas. Compreendo. O frio das urnas é tramado quando se vive num forno sempre aquecido pelo conforto familiar e político.
Mas diz-me, com toda a sinceridade, não sentes falta de pensar pela tua própria cabeça? De discordar com alguma coisa — nem que seja só para variar? De seres, sei lá… um bocadinho mais como o teu pai, que pelo menos tem tomates e opiniões próprias?
Ou será que hoje em dia o maior requisito na política jovem é saber polir sapatos e repetir discursos de outros com ar muito sério e estudado?
Pensa nisto, Bruno. Ainda vais a tempo de fazer algo de teu. De provar que há vida para lá da sombra alheia e que não és só mais um nome num boletim de voto onde ninguém votou.
Que falta de coragem e de vergonha !!!
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