B om Dia. O meu texto é sobre comunicação, ou a falta dela. Comunicação implica um emissor, a mensagem e um recetor. Sempre. A melhor comunicação é direta, contudo, alguns decidem fazer de algo que existe um negócio, fazendo os outros pagar um preço em dinheiro ou em imagem se não se socorrerem deles.
Quando o intermediário é viciado a notoriedade do emissor fica em causa, acaba sendo manipulado se o intermediário tiver segundas intenções. Para o intermediário ter sucesso ele angaria recetores para que seja um atalho a quem quer comunicar. Se o intermediário não for isento, plural, livre, sem agendas dos que lhes pagam propaganda e publicidade, então ele pode distorcer a realidade ao ponto de implementar uma nova ordem.
Muitos jornalistas da Região já chegaram ao descaramento sectário. No entanto, muitos os emissores, apesar de estarem sempre a perder ou a não chegar lá, insistem em não evitar estes "CTT" da comunicação que atrasam, perdem a comunicação e até nem têm número de tracking porque alguns URL's desaparecem depois da função.
Essa tríade (emissor, mensagem e recetor) é a base, e a comunicação ideal, aquela onde a mensagem do emissor chega ao recetor de forma direta e inalterada. No entanto, a realidade é bem mais complexa, e é aqui que surgem os intermediários. Só existem porque se permite. Curioso é que o manipulador mór aposta nas redes sociais, porque sabem que o "brinquedo novo" ... queima-se.
O "negócio" da intermediação tem os risco já descritos, os intermediários posicionam-se como porteiros, cobrando um preço, seja financeiro ou de imagem, pela passagem da mensagem. Mas também escolhem a dedo, se acaso a estratégia muda, passam a cobrar o comentário para ter menos audiência com trabalho de borla. Os "porteiros" escolhem a clientela para cada momento, usam-nos, às vezes deitam fora e outras são promovidos a "toupeiras", uma nuance da comunicação que só existe como segunda capa para destruí-la, intoxicar, "renarrar", entrar no revisionismo com objetivo sectário.
É um problema este do intermediário "viciado", ou seja, quando possui interesses próprios ou agendas ocultas. Nesses casos, a notoriedade do emissor fica comprometida. A mensagem original pode ser distorcida, manipulada ou até mesmo silenciada, especialmente se o intermediário tiver "segundas intenções". Por aqui têm porque ligados ao sistema que os alimenta. Cuidado com o atalho, faça o seu caminho comunicacional.
A distorção da realidade por intermediários parciais chega ao ponto de fazer sondagens e polígrafos com resultados premeditados, e os outros é que são mentirosos. É possível num povo recetor de imagens e títulos.
Se o intermediário não for isento, plural, livre e desprovido de agendas daqueles que o financiam (através de subsídios, interesses empresariais - corporocracia e do partido, propaganda e publicidade), este adquire um poder imenso. Permite-lhe distorcer a realidade ao ponto de "implementar uma nova ordem" (às vezes lutam muito, dias seguidos com a mesma intenção). Em vez de ser um mero veículo, torna-se um agente ativo na formação da perceção pública, moldando opiniões e narrativas em benefício próprio ou de seus financiadores. A credibilidade de toda a informação veiculada por essa via fica em xeque, o ato doloso recai sobre as vítimas que pagam por segunda vez porque o emissor tem pouca potência.
Já há comentadores na TV a se irritar dizendo que ao jornalista não cabe o comentário, mas a busca da verdade para a notícia. Ou seja, se a notícia mastigada não resulta eles também querem ser comentadores para encaminhar a comunicação para o ponto que querem.
Quando a imprensa, que deveria ser um pilar da informação imparcial, adota uma postura sectária, ela perde sua função primordial. Em vez de informar, advoga, e em vez de diversidade, promove a unanimidade de uma visão. Alguns comentadores com imagem não passam de pluralidade condicionada porque tacitamente entram em autocensura porque sabem as linhas vermelhas. Existem para ter presença, mas não passam mensagem.
Porque é que os emissores continuam a usar esses canais, mesmo sabendo dos prejuízos? Muitas décadas. Talvez seja pela perceção de que, apesar dos vícios, esses intermediários ainda detêm a maior audiência, ou talvez pela falta de alternativas viáveis para atingir o público de forma massiva. Mas isto não se chama passividade, se deixar estar no erro?!
Que outras formas de comunicação direta poderiam os emissores explorar para contornar esses "intermediários viciados"? Nesta era há solução, noutras anteriores é que não. É preciso usar a cabeça. Alguns partidos fartam-se de trabalhar e sentem que o trabalho que têm não resulta em notoriedade eleitoral, porque não sabem comunicar ou dão a um intermediário sectário.
Sigam o exemplo de Chega e Alberto João Jardim no passado. Mas há mais... Feliz é aquele que não precisa de intermediários ou então tem bons parceiros. Alguns trabalham muito, fazem as notas de imprensa e aguardam o devido destaque, puro engano numa Madeira onde tudo é distorcido para manter o poder e onde os intermediários lucram por todos os partidos, quer dizer, quase todos.
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