Trump atiça para que as armas saiam à rua.


Los Angeles a ferro e fogo

T rump já mostrou diversas vezes que não é democrata, de regime. É um autocrata que pretende ser imperialista e ditador. As suas intenções, numa América fortemente armada, pode descarrilhar. Ao ver notícias com imagens com "voz off" por cima consegui perceber os dizeres de fundo, alguns já pedem a "eliminação" de Trump. E não nos esqueçamos que já o tentaram. Acendeu clivagens mortais. Neste fim de semana, Trump disse que não vai ter contemplações na perseguição dos Estados Democratas. "Republicar" à força? O Papa de imediato mandou-lhe um "piropo" e condenou os nacionalismos políticos.

O barril de pólvora

Nestes últimos dias, a cidade de Los Angeles tem sido palco de grandes protestos e confrontos violentos, desencadeados por uma série de ações de fiscalização de imigração em larga escala por parte de agências federais dos EUA, como a Immigration and Customs Enforcement (ICE). São as deportações em massa, primeiro agir, constatar depois e se acaso houve erro... fica assim. Como já houve erros graves, já ninguém se quer sujeitar ao livre arbítrio de Trump. Ficam presos, inacessíveis e impotentes no estrangeiro.

As razões

Na sexta-feira, 6 de junho, e nos dias seguintes, as agências federais, incluindo a ICE, HSI, FBI e DEA, realizaram inúmeras rusgas e mandados de busca em várias empresas e locais em toda a área metropolitana de Los Angeles. Estas operações resultaram em mais de 100 detenções de imigrantes, muitos deles indocumentados ou com a sua situação legal em revisão. Alguns dos locais visados incluíam armazéns, lojas como Home Depot (onde trabalhadores "à diária" se reúnem) e até lojas de donuts.

Estas operações são vistas por muitos como parte de uma ofensiva mais ampla contra a população imigrante nos EUA, Trump quer a purificação da raça? Isto gera medo e indignação em comunidades com forte presença de imigrantes. Há acusações de que as operações são "cruéis, calculadas" e visam "semear o terror". É de facto uma sementeira num país cheio de armas. Tem sido um bênção de Deus não se ouvir notícias ainda piores...

Vídeos e relatos de testemunhas sugerem que em algumas situações, trabalhadores foram arrastados e colocados em carrinhas sem identificação. Foi afirmado, mas depois a comunicação social conseguiu imagens, pareciam Judeus na Alemanha Nazi. Trump esqueceu-se da estrela...

Los Angeles é uma "cidade santuário", o que significa que as autoridades locais não cooperam com a fiscalização federal de imigração. A intervenção federal é vista como uma afronta a esta política e um ataque à autonomia da cidade e do estado. Trump que quer tudo o que a vista alcança está a fragmentar o país. A Califórnia qualquer dia ainda entra na rota do Canadá com bocas de entrar na União Europeia?

O Presidente dos EUA ordenou o envio da Guarda Nacional da Califórnia para Los Angeles, uma medida que o Governador da Califórnia, Gavin Newsom, e a presidente da Câmara de Los Angeles, Karen Bass, classificaram como "desnecessária e provocadora" que "escalará as tensões", sendo contra a vontade das autoridades estaduais e locais. Eles devem estar a pensar que conforme o toque,,, conforme a dança...

As repressões e consequências

As rusgas e detenções levaram a protestos em massa em toda a cidade, incluindo bloqueios de estradas, manifestações em frente a edifícios federais e centros de detenção, barricadas e incêndios na via pública. Depois, os protestos escalaram para confrontos violentos entre manifestantes e agentes federais, bem como com a polícia local. Houve relatos de atiradores de objetos, fogos de artifício e até veículos autónomos e outros carros incendiados pelos manifestantes. E os Teslas voltam à ribalta quando agora Musk é amigo do Putin!

O amigo de Trump, Putin, só quer ver a América a arder, e o egocêntrico não vê o que Putin está a fazer na Ucrânia. Pode ser que aprenda no seu próprio país.

Prosseguindo, as forças de segurança (agentes federais, LAPD e Guarda Nacional) têm respondido com gás lacrimogéneo, balas de borracha, granadas de flash-bang e spray de pimenta para dispersar as multidões. Há denúncias de uso excessivo da força e de que as táticas parecem as de uma "zona de guerra". É a intimidação para quebrar. Com o uso desta força o que vai retonar?

O Presidente dos EUA ordenou o envio de mais 2.000 tropas da Guarda Nacional da Califórnia em Los Angeles, apesar da oposição do governador do estado. Esta ação foi vista por muitos como uma tentativa de reprimir os protestos e "restaurar a lei e a ordem". A Lei de Trump. Muitos manifestantes foram detidos, incluindo líderes sindicais.

A situação gerou uma forte tensão política entre a administração federal e os líderes da Califórnia, com o governador ameaçando ações legais e condenando o que chama de "comportamento desequilibrado" por parte do governo federal.

Los Angeles está a viver dias de grande agitação e tensão, com as operações federais de imigração a servirem de catalisador para uma onda de protestos e confrontos, onde as comunidades se levantam contra o que consideram ser uma repressão direcionada e uma violação dos direitos humanos e da dignidade, tudo usado por Trump também para eliminar democratas.

Trump diz que não vai ter contemplações na perseguição dos Estados Democratas. O Governador da Califórnia ataca o Governo de Trump pelas redes sociais e lidera o povo do seu Estado, dizendo que são um bando de tresloucados (governo de Trump). O Papa condena os nacionalismos políticos, uma indireta... direta para Trump e Los Angeles. Trump quer deportar 3000 pessoas por dia, nos ambientes públicos, vive-se tumultos, Trump proíbe máscaras na rua para as pessoas serem identificadas (mais anónimos a se defender ao terror do poder). Trump manda mais 2000 agentes federais para a Califórnia que usam lacrimogéneo e balas de borracha, uma ação de menoridade ao Estado com identidade forte. É por aqui que o "conquistador" que quer o Canal do Panamá, Groenlândia, Gaza... vai manter a unidade do país?

Trump está a usar Forças Armadas contra civis, a militarizar o caso, como o Pedro Calado queria no Funchal, tirem as medidas aos dois. Assim começa o terror das ditaduras.

Isto nada tem a ver com a atualidade regional comentada da Madeira, mas tirem experiências. Tudo isto porque Trump não estava satisfeito com o ritmo de deportações, a irracionalidade tomou conta das decisões, é por números e não pela lei. Quem não respeita a Constituição na Madeira?

Nota: quem tem Teslas que os venda! Putin conseguiu destruir a América?

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