![]() |
Link da Notícia |
N um lugar de grandes superfícies, estruturante, de ligação à Via Rápida, até parece que esta obra anda a amarrar há tanto tempo para chatear Santa Cruz, mas os funchalenses também lá vão. O Secretário deveria ter vergonha de ainda visitar com orgulho.
Há demasiadas obras na Madeira e as empresas chafurdam um pouco aqui nesta semana, na outra vão a outro lado ou onde reclamarem e assim se arrastam as obras sem que o Governo Regional ou câmaras se imponham porque acham que depois é pior. A gestão é horrorosa.
Este cenário recorrente nesta região, basta ver a antiga estrada do aeroporto, ainda no Funchal para comprovar. É um verdadeiro quebra-cabeça de obras públicas que parecem estender-se indefinidamente, gerando frustração entre residentes e visitantes, atrapalhação aos turistas e criando perigo. O caso desta obra no nó da Cancela, estruturante pela sua localização e ligação à Via Rápida, é emblemático e deveria andar depressa e ser prioritário. A perceção de que os trabalhos se arrastam desproporcionadamente, quase como que para "chatear" quem por ali passa, sejam eles de Santa Cruz ou do Funchal, levanta sérias questões sobre a eficácia da gestão e o respeito pelos prazos estabelecidos, foi isso que o Secretário poderá visitar com orgulho, enquanto a população suspira?
Esta dinâmica de apanhar as obras todas sem funcionários e de intermitência na obra, impede a progressão contínua e eficiente de qualquer projeto, contribuindo para atrasos crónicos e um descontentamento generalizado. A falta de firmeza por parte do Governo Regional ou das autarquias em impor prazos e fiscalizar o cumprimento dos mesmos é notória, talvez por receio de que uma postura mais rígida possa levar a cenários ainda piores, como a paralisação total das obras. Mas, também vemos que, combinado ou não, alguns casos chegam ao tribunal para compensar as construtoras, algumas com o advogado do bom, do mau e do obsceno. Portanto, as construtoras sabem sempre os seus direitos, o GR é mais amigos deles do que dos madeirenses.
Este ciclo vicioso de obras que se arrastam, interrupções constantes e uma gestão caótica, que se mostra incapaz de se impor acaba por desgastar a confiança da população. As visitas em vez de promover IRRITAM!