S ou socialista (mas não digo para me baterem como o outro do PSD), mas o socialismo democrático (não daquele da ignorância dos luso descendentes), aquele que até Sá Carneiro desejava, é feito por pessoas e, como em todas as empresas, são as pessoas que fazem o bom nome da casa pela forma como atendem. Os partidos não são diferentes das empresas, a geração dos políticos define o sucesso, pela sua interpretação e implementação.
Há portanto algo superior à ideologia para mim, as pessoas. Tal como eu não respeito títulos e cargos, mas respeito o conhecimento e o atendimento, não são os "vultos" que me vergam, é a qualidade das pessoas. Basta ver o "arrasador" no que acabou. Portanto, se observar alguém melhor nos outros partidos em relação aos que estão no meu partido, castigo-o. Deveriam estar no meu! O problema é que vivemos uma era onde as pessoas não se retratam nem dão consequência aos seus atos, no Governo e na Oposição, nunca vão embora quando já chegou a sua hora e falharam.
Tenho observado a troca de galhardetes entre um jornalista "instruído" do Diário de Notícias (dos vários abonados e com reuniões frequentes com o poder) e o Madeira Opina, é evidente que esse jornalista está a destruir a pouca reputação que o Diário tem neste momento, mas os leitores farão como os eleitores, ou pelo menos pessoas como eu que era defensor do antigo Diário e agora não sou. De novo as pessoas fazem a casa com as suas atitudes, dualidades, missões e instrumentalização. Enquanto os funcionários do Diário se sentirem confortáveis com o vencimento no fim do mês, serão mercenários a trabalhar para quem paga e não para a informação.
O meu partido já foi destruído várias vezes pelo jornalismo (e não quer ver), não quer entender que precisa de limpeza e mudança de caras, enquanto vegetarem os mesmos, os resultados serão os mesmos. Se não mudam as pessoas, o esquema do insucesso está montado e oleado, renovando é meter areia na engrenagem da derrota. Pelo menos! Isso no continente existe, por aqui permanecem todos. Parece que todos se ajustaram ao regime e lucram, ou seja, todos lucram na máquina onde há peças para a derrota. Depois vejo pessoas válidas, as tais que fazem a casa, marginalizadas. Os "mesmos ruins" também estão marginalizados, mas estes encontram guarida no jornalismo para continuarem a sua função, destruir. Os melhores afastam-se.
Se repararem, o que o jornalismo está a tentar o mesmo com o partido que é agora líder da oposição, basta ver como destacam, recalcam, requentam, instigam e inventam para encontrar forma de o quebrar. Basta ver a quantidade de oportunidades que o poder tem para se explicar na narrativa que deve ser assimilada pelo povão. A última triste figura foi de Eduardo Jesus no esquema da Associação de Promoção da Madeira em entrevista no Telejornal da RTP-M. Até as oportunidades a metro "matam".
Devo dizer que, ainda nos partidos da oposição, existem pessoas que não fazem a casa, testas de ferro do partido e do jornalismo, que foram assimilados e são sementes latentes, ignições silenciosas, tal como as células terroristas e espiões que são deixados e acostumados na sociedade para um dia atuarem. É um investimento a longo prazo, mas durante todo tempo lucram...
O que se passa na troca de galhardetes entre o Diário de Notícias e o Madeira Opinia é um problema de destruição do valor do Diário de Notícias, é a queda do pedestal, similar àquela vez que fizeram publicidade na RTP-M e disseram que a RTP-M tinha mais valor para publicitar. Não se podem queixar ao receber o vencimento ao fim do mês, como também não podem querer ter a idoneidade da era Blandy. Não conseguem disfarçar a missão. Neste momento, sabemos que o Madeira Opina, no meio de todos os condicionamentos que criam às pessoas para manter o regime (vejam como caiu o desafiador que queria disputar o poder dentro do PSD), é uma instituição livre e com influência, a máquina do poder não gosta disso, nem o Diário de Notícias, porque uma coisa é bater de frente de vez em quando desde o continente, quando provam o condicionamento da informação com as notícias que saem, outra é ter um meio disponível para milhares de madeirenses opinarem online tudo. Isso destrói narrativas, esquemas, a máfia, a incompetência, é por isso importante destruir, à maneira do PSD, mas interpretado pelos novos funcionários do poder, os jornalistas (a maior parte deles, uns mais disfarçados do que outros). Portanto, o jornalismo quer a mesma censura denotada no Governo Regional e empresas públicas ao cortar o sinal do Madeira Opina na internet. A opinião deve ser enclausurada e homologada.
Tal como o PSD coloca os focos nos outros e cria suspeitas e acusações para os partidos da oposição se entreterem, e não tocarem nos problemas, o Diário de Notícias cria estes fait divers e suspeições para limpar a cara, enquanto faz a sua missão a soldo de subsídios, cadernos e eventos.
Eu já escrevi assuntos contra o partido líder da oposição no Madeira Opina, crítica construtiva, mas entre partidos da oposição, perante este monstro de 50 anos a condicionar e comprar toda a gente, deve haver alguma solidariedade, se estão interessados em alternância. E como já perceberam, julgo que há o peso de alguns amarrados aos pés de outros, não se esqueçam que as alternâncias também se fazem com acordos, coligações, pactos de regime OU NÃO, a oposição também se pode unir quando perfaz mais votantes do que o poder vigente. E dar bom exemplo na oportunidade!
A mensagem final é para o Madeira Opina, não se deixem enredar por gente que não faz a casa, e têm maldade para destruir, e muito menos por jornalistas que desistiram da profissão e estão na agência de comunicação do poder, que tenta formas de arranjar um buraco para implodir. O simples facto de serem visados mostra a vossa liberdade, porque o poder não liga ao que está controlado. Como no passado um secretário não encontrou formas de conseguir pluralidade na informação na Madeira, com os dois principais jornais nas mãos do mesmo empresário do poder (incrível), não se espera nenhuma aposta livre na área da informação. Tem piada a economia pujante ter jornalismo subsidiado pelo poder. Portanto, a única forma do madeirense ter livre expressão, que se torna opinião pública são vocês, as redes sociais é uma barafunda. Juizinho!
Nota final: todas as pessoas que escrevem textos de opinião no Diário de Notícias, que são livres, pensem que afinal só se sentem livres, sabem o que não devem abordar (autocensura), não se esqueçam que estão a alimentar o monstro. Se são inteligentes e não veem isso, algo se passa...
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