Habitação CMF: entre escândalos, ALs e corrupção.


A brincadeira acabou: o escândalo da SocioHabita, do Alojamento Local e a Corrupção na CMF - as brigadas vão entrar lá dentro.

E stá prestes a entrar uma verdadeira brigada, simbólica, cívica, legal e, se necessário, histórica, pela Sociohabita adentro e pela Câmara Municipal do Funchal, para pôr fim à palhaçada. E sim, a palavra é essa: palhaçada. A situação chegou ao limite. O povo madeirense está a ser humilhado, a habitação está a ser tratada como um negócio sujo, e a dignidade política e humana foi completamente desrespeitada.

O PSD e este executivo camarário transformaram-se num escândalo nacional vivo. A Sociohabita, que é uma empresa municipal da Câmara Municipal do Funchal, supostamente criada para responder a necessidades habitacionais no quadro do chamado mundo social, tornou-se peça-chave de um sistema de favorecimento, encobrimento e promiscuidade entre poder público e interesses privados.

Os projetos não são feitos sequer pela Sociohabita. São feitos dentro do Gabinete de Reabilitação Urbana, uma estrutura que deveria estar a reabilitar a cidade, planeando com justiça e estratégia, mas que se converteu num estúdio técnico de produção de projetos para servir a Sociohabita e, por extensão, um circuito viciado de construção e venda de habitação “controlada” com rosto de negócio e alma de especulação.

Estamos perante um desvio completo da função pública. A máquina da Câmara Municipal virou uma imobiliária institucionalizada. Já não regula o mercado. Concorre com ele. E concorre de forma desleal, usando meios públicos e técnicos pagos pelos cidadãos para fazer projetos ao serviço de grupos particulares.

Desde esquemas de terrenos a pedidos de troca de favores, passando por projetos feitos à medida de quem está por dentro, a corrupção espalha-se de gabinete em gabinete. A própria câmara já faz concorrência direta às imobiliárias privadas, com vantagem indevida, porque usa o poder público para o seu próprio lucro ou influência.

E a população? A população vê o direito à habitação a ser pisado. Vê-se excluída do centro da cidade, empurrada para as periferias. Vê os concursos a serem feitos com regras viciadas. Vê promessas de “habitação a custos controlados” serem apenas títulos bonitos para encobrir lucros privados à sombra do orçamento municipal.

A brincadeira acabou.

As “brigadas” que vão entrar não são só metáfora: são símbolo do que o povo exige. Uma entrada de verdade, de justiça, de investigação, de denúncia. O povo quer saber. O povo quer respostas. O povo quer ver responsabilização, demissão, limpeza e dignidade.

Porque estão a gozar com a habitação.
Estão a gozar com a política.
Estão a gozar com o povo madeirense.
E estão a gozar com a dignidade humana.

A Sociohabita é parte de um esquema maior. Um esquema de captura do poder municipal por dentro. Um sistema onde o social é o disfarce da ganância, e onde a habitação deixou de ser um direito para passar a ser mercadoria política e arma de manipulação eleitoral.

As brigadas vêm aí. Por cima, por baixo, pelos lados.

E quem está agarrado ao poder que se prepare.

A brincadeira, essa sim, acabou.

A granda Sena ACABOU!

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