Rali: os aficionados e não aficionados.


S enti neste rali a necessidade de pilotos, locutores, o sistema que envolve, etc, em enaltecer o rali e a participação do público. Nos pilotos muitos diziam se estar a "divertir". É entretenimento ou competição? Quando é preciso reforçar tanto e em coro, quase sempre da mesma maneira, parece que existe algo de errado. Eu entendo, fui aficionado de acampar e ver o rali, já não sou, não é da idade, é mudança de vida.

O problema começa na divisão dos madeirenses, a culpa é da política e eu explico, há os madeirenses do sistema e há os marginalizados. Do sistema conhecemos a retórica. Os marginalizados deixaram de ter gosto pelo rali pelas agruras da vida, mas também pelo facto de ter deixado de haver competição a sério, do ser da prata da casa com seniores a se divertir.

Quando um governo governa para si e para os seus, esquece que ao fazer a divisão e marginalizar uma parte da população, essa deixa de ter bem estar, qualidade de vida, trabalha que nem burro para ganhar uma miséria que nunca chega para o mês. Em trabalhos sem tolerâncias de ponto e onde cada dia conta nos rendimentos. O pragmatismo dessas pessoas abandona o gosto pelo rali e abraça as necessidades da família. Meus senhores, é muito difícil ganhar a vida e viver na Madeira, foi impensada esta loucura de estrangeiros para vender casas e turismo.

Eu gostaria de saber como anda a loucura de carros de rent-a-car com um rali a decorrer. É outra cena que ninguém pensou. Não há confusões ou sonegam a confusão? Ou há falta povo, alguma informação é sonegada. Excepto quando se entrevista Pedro Canha (91) que elucida os muitas carros na estrada nos troços de ligação, em especial na Ponta do Sol (vi na RTP-M)

Na avenida, disseram-me, pessoa de confiança que foi ver, havia menos gente, que até deu para ver a quantidade de arguidos a se pavonear. Pois, o sistema, os que lucram, os que gostam do povo entretido. O problema é quando a realidade se atravessa na vida, pôr comida em casa, pagar IMI, custos fixos, o carro e sua assistência, seguros, os miúdos na escola ou universidade... e os preços a velocidade de rali, enquanto os rendimentos têm passo de caracol.

No entanto, a RTP-M e o JM vão me surpreendendo de vez em quando, não sei se devido à força das redes sociais e, em abono da verdade, do Madeira Opina, que todos leem, mas negam. Abre muitos olhos. Parece a função dos jornais nacionais em estilo regional. É preciso dar cobertura da realidade senão a comunicação social torna-se um panfleto publicitário. Quando a RTP-M foi para a rua perguntar pelo rali, percebemos que muita gente prefere outras ocupações Sabemos numa singela oportunidade, perante a totalidade de cobertura em direto do rali e demais informação, avassaladora.

O problema do agora Rali da Madeira é a falta de um ferry, com isso falta de competição, uma organização caduca, a xenofobia política e o custo de vida. A marginalização de parte dos madeirenses começam a se tornar visíveis no rali, tal como na Festa do PSD... não é de todos os madeirenses mas do sistema. E... quantos vieram de fora de propósito ver o rali da Madeira? Sem competição, com seniores e com prata da casa, ninguém vê aliciantes, apesar do itinerário do rali. É serviço público a RTP Internacional transmitir para não ir morrendo confinado.

Observem a quantidade de horas dadas ao rali e a ínfima informação sobre o que se passa na Madeira, com a maior parte dos madeirenses a regredir no poder de compra e qualidade de vida.

Agradeço ao MO o facto de nos permitir, em segurança, divulgar outras ideias e outras vidas que existem.

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