No mesmo dia lemos estas duas notícias fruto da dupla Albuquerque/Jesus:
- Vindimas no Estreito atraem multidão
- ‘Quinta das Vindimas’ no Estreito vai dar lugar a projecto imobiliário
H á cada vez mais bestas com respostas tortas, quanto mas ignorantes mais atrevidos: "Mas querem habitação ou não querem habitação?" (nos comentários/link), não há outros terrenos? Mais um fértil como os da Ponta do Pargo para o golfe? Ele não sabe que a habitação não é construída para madeirenses mas para estrangeiros? Querem uma Madeira genuína de estrangeiros arrasar tudo até na Quinta das Vindimas?
Parece que nem o irmão de Albuquerque consegue ter palavra ativa neste desvario...
A notícia junta-se a uma lista de preocupações já conhecida, como as doenças na vinha, as incertezas do mercado internacional (como as tarifas de Trump) e a crescente pressão imobiliária sobre terrenos agrícolas. A Quinta das Vindimas não é um caso isolado, mas sim o mais recente e mediático, que ilustra uma tendência, a transformação de um terreno historicamente ligado à produção de vinho e a uma festa emblemática num projeto de apartamentos, sublinha a questão da ocupação de solo fértil para a construção. Este é um conflito cada vez mais visível entre a necessidade de habitação e a preservação da agricultura e das paisagens tradicionais é acicatado por Albuquerque e Jesus sem dó nem piedade, a Agricultura é impotente e não conta.
Para além da perda de terreno produtivo, há uma dimensão cultural e social. A Quinta das Vindimas não era apenas um pedaço de terra, mas um "palco" de uma tradição que atrai madeirenses e turistas. A sua reconversão para fins imobiliários representa a alteração de um símbolo da Festa das Vindimas e levanta a questão de como preservar as tradições quando os espaços físicos que as sustentam são alterados.
A notícia reflete a complexidade das decisões governamentais e do mercado. Embora a organização da festa garanta uma alternativa, a situação mostra a tensão entre as exigências do mercado imobiliário e as prioridades culturais e agrícolas da região. A referência da autarquia à necessidade de habitação ilustra este conflito de interesses. Os eleitores vão continuar passivos perante tantos factos?
A notícia da Quinta das Vindimas é mais do que a perda de um espaço, é um microcosmos das grandes pressões económicas, sociais e culturais que a Madeira enfrenta, o "madeirense está a morrer e não dá conta". Os produtores já sentiam as evidencias de como a tradição e a identidade podem ser afetadas pela "voragem imobiliária". Este exemplo é mortal. Jesus é um cancro do turismo.