Mandem para a Madeira, o Eduardinho aceita tudo e depois "lava-se" no Diário de Notícias.


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Por todos os lados o mesmo erro.

U ma boa parte do crescimento da extrema direita é o facto dos partidos tradicionais do poder andarem desligados das mensagens dos eleitores e, sobretudo, estarem a destruir a qualidade de vida conquistada até então e a tornar inacessível a habitação para além de encarecer tudo, ficando os vencimentos aquém das despesas básicas das famílias.

Na Madeira, Eduardo Jesus e Miguel Albuquerque andam nos seus "negócios", um foge à Justiça e acha que engana todos. Outro é um convencido mas não passa de um ignorante que não liga a absolutamente nada do que se está a passar na Madeira, acha que se pavoneando no Diário de Notícias com tretas o torna popular. As pessoas vivem a inflação (que para mim que vou ao supermercado é superior à anunciada), ao bloqueio para arranjar casa sob qualquer formato, cooperativa, compra ou arrendamento.

A ascensão da extrema-direita não pode ser analisada de forma isolada, como se fosse apenas fruto de discursos populistas ou de manipulação emocional das massas. O que está na sua raiz é a profunda desconexão entre os partidos tradicionais do poder e as reais necessidades da população. Ao ignorarem as mensagens dos eleitores, ao sacrificarem a qualidade de vida conquistada ao longo de décadas e ao tornarem bens essenciais como a habitação cada vez mais inacessíveis, os governantes abrem espaço para o crescimento de forças políticas radicais que sabem explorar o descontentamento. O eleitorado irritado, aflito e a ver desdém e a ser ignorado radicaliza-se. É preciso fazer um desenho?

Quando na Madeira acham que elogiando todos os dias o PSD na comunicação social e branqueando governantes no Diário de Notícias que é suficiente para um povo que consideram passivo e bruto, estão a cavalgar o radicalismo. Sobretudo quando perseguem partidos democráticos e alternativos, que podem ser poder, para deixar, outra vez com desdém a extrema-direita a medrar. Eu acho que de repente o Chega vai crescer muito como no continente, porque o eleitorado irritado procura radicalismo no discurso. Os partidos tradicionais praticamente só existem para alimentar as suas clientelas, na Madeira é claro.

O caso australiano, onde milhares protestam contra a imigração sob o argumento do aumento dos preços da habitação, é apenas um reflexo de uma tendência global: quando as pessoas veem o custo de vida disparar, os salários estagnarem e os sucessivos governos limitarem-se a discursos vazios, procuram culpados fáceis e respostas rápidas. A habitação, direito fundamental, transforma-se em mercadoria de luxo, inacessível não só para quem sonha comprar, mas até para quem apenas pretende arrendar.

Na Madeira, a situação não foge à regra. Enquanto as famílias vivem esmagadas pela inflação real, muito superior à oficial para quem enche o carrinho do supermercado todas as semanas, e pelo bloqueio quase absoluto no acesso à habitação, assistimos ao espetáculo político de governantes mais preocupados com a sua imagem e os seus negócios obscuros do que com os problemas concretos da população. Miguel Albuquerque foge da Justiça como se pudesse enganar todos, e Eduardo Jesus insiste em exibir a sua arrogância nas páginas do Diário de Notícias, todos os reais problemas da Madeira, da sua secretaria são ignorados, passa ao lado, não liga, como se pavonear-se em notícias e entrevistas fosse suficiente para criar popularidade. Falam da Saúde que pavoneia indumentária? O Eduardo Jesus faz o mesmo. Mas nem a vaidade nem a retórica pagam rendas, enchem despensas ou aliviam a pressão das famílias madeirenses.

Se a política continuar a viver neste mundo paralelo, distante da realidade de quem trabalha e sente no bolso o peso das escolhas erradas, não será surpresa assistir a mais manifestações, mais indignação e, inevitavelmente, a um crescimento da extrema-direita. A raiz do problema não é o protesto, é a cegueira dos que governam. E, este povo passivo pode surpreender pela calada. Na Madeira, quando o jornalismo para proteger o PSD atacam os partidos democráticos, só podem estar a criar o embrião do crescimento exponencial da extrema-direita, depois do que aconteceu nas Legislativas Nacional já não é inverosímil, pois não?

Vistos Gold, atração de ricos e 10 a 15 a viver no mesmo apartamento vencem qualquer família.

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