M ontenegro aumenta as propinas das Universidades (link) e subsidia ainda mais o ensino Privado. O Governo Regional não fica atrás, tem 38 milhões para o privado, mas não se lembrou de usar esse dinheiro para ajudar no alojamento dos estudantes madeirenses no continente? Isto é só hipocrisias, e então o DN vai ao continente mostrar o "inimigo externo" e não associa as duas notícias? Deixem-se de informação tendenciosa!
Estamos no velho truque da política cínica, de transformar o direito em privilégio. Montenegro aumenta as propinas no ensino público, tornando mais caro aquilo que deveria ser universal e, ao mesmo tempo, abre a torneira para subsidiar ainda mais o ensino privado. Ou seja, castiga quem depende do sistema público, favorece quem já tinha meios, e alimenta o negócio daqueles que transformaram a educação em negócio, em mercado.
Na Madeira, segue-se a mesma receita, mais apoios, mais mimo ao setor privado, como se a escola pública fosse apenas um estorvo, um peso morto. O discurso é sempre o mesmo, liberdade de escolha, mas na prática não se trata de liberdade, mas de empurrar silenciosamente as famílias para o privado (igual ao que fazem na Saúde), deixando o público fragilizado, esvaziado e cada vez mais precário.
Isto é uma inversão completa da lógica democrática, em vez de reforçar a escola pública, que é o espaço de encontro, de igualdade e oportunidade, os governos estão a patrocinando uma segregação social cada vez mais nítida. Quem pode paga, quem não pode endivida-se ou resigna-se. A educação deixa de ser ponte e transforma-se em muro.
Acho piada no dinheiro público para a ação social do privado. E também acho piada que se o ferry não dá fecha-se, mas a lógica não é igual para todos, na Saúde, na Educação, vá lá que a única coerência é de ir matando os serviços públicos.
Ainda vai sair mais barato ir para a Privada.
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