Mais jaulas só para os corruptos da Madeira!


Agora sim, mandem prender, os índios da Madeira.

E m vez de diluírem sujeira no mar, de ETARs e Aquacultura, que se instale um belo parque aquático de ferro-forjado, onde cada um desses iluminados gestores de "negócios sujos" possam nadar eternamente em círculos, alimentando-se de ração barata e lembrando-se, a cada braçada, de como usam uma ilha que nunca lhes pertenceu. As jaulas deveriam uma parte fora de água para ser um rooftop.

A duplicação das jaulas de aquacultura na Madeira é mais um insulto à inteligência e à dignidade da população. Não se trata de progresso, mas de ganância disfarçada de desenvolvimento. As autoridades e os interesses económicos parecem surdos: ignoram a vontade das pessoas, desprezam o impacto ambiental e atropelam o bom senso. É passito a passito, frases de gente com notoriedade que até preferem peixe selvagem depois da frase por encomenda.

A Madeira construiu a sua reputação mundial com base na beleza natural, na qualidade das suas águas, no equilíbrio entre ser humano e paisagem. Agora, querem transformá-la num arquipélago de grades flutuantes, num mar cercado por fábricas de peixe, excrementos e resíduos. Mais cangalhas, não bastava a serra? A equação é simples: cada jaula a mais é uma ferida na imagem turística da região, uma bofetada nos que dependem de um mar limpo para trabalhar, viver e acolher visitantes. Mais áreas circunscritas, todas a sul. Espero que todo o sul não vote PSD nestas Autárquicas, pelo menos!

Não há compatibilidade entre turismo sustentável e a proliferação desenfreada de aquacultura industrial. Caramba, não lingam NENHUMA a sustentabilidade nesta terra. Quem insiste no contrário ou está cego ou escolhe deliberadamente não ver, porque só vê números, contratos e lucros rápidos. Mas esses lucros têm um preço, a degradação do mar, a insatisfação dos residentes, a erosão da identidade madeirense. Mesmo estamos indo bem ...

Duplicar jaulas é duplicar problemas. É hipotecar o futuro por um punhado de dividendos. A população não quer, e tem razão, não se pode permitir que uns quantos vendam o património de todos. Madeira não é campo de experiências para aventureiros nem colónia de exploração para interesses alheios. É uma terra viva, com voz, com limites, limites de carga. E é tempo de dizê-lo sem hesitações, basta de transformar o mar em lixeira com jaulas... e ETARs que não tratam!

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