Curtas do Miguel


02/10/2025, 18:04:08 Miguel, foste levantar o reembolso?
Alguém sabe se Miguel Albuquerque, depois da sua tournée pelo Japão, já foi levantar o subsídio de mobilidade? Ou será que deixou o recibo esquecido na mala?Sim, esse mesmo subsídio que para os madeirenses é cada vez mais uma miragem, mas que continua a servir de arma política para jogos sujos em Lisboa e no Funchal. Seria engraçado vê-lo na fila, tal como qualquer cidadão, a tentar reaver o valor de uma passagem ilha -continente. Talvez aí percebesse na pele o absurdo que os madeirenses e porto-santenses enfrentam diariamente, pagar fortunas por uma viagem essencial e depois andar em penitência burocrática para reaver o que, em teoria, lhes pertence por direito. E já agora, convinha perguntar à Vânia e ao Pedro, os nossos “representantes” na República, se a consciência lhes pesa quando passam pelo aeroporto. Porque, ao votarem contra os interesses do seu próprio povo, enterraram de vez a pouca confiança que ainda restava. Traíram a Madeira e o Porto Santo com a mesma leveza com que se carimba um papel. Bravo. Trair o povo que os elegeu! Não basta aparecer em jantares, congressos e eventos a bater no peito pela “defesa da autonomia”. Quando chega a hora de verdade — quando a Madeira precisa de voz e firmeza — o que vemos é submissão, silêncio cúmplice e votos alinhados com quem nos despreza. Miguel Albuquerque pode ter ido ao Japão, mas o bilhete de regresso traz-lhe um destino inevitável: encarar um povo cansado de ser tratado como cidadão de segunda. E a Vânia e o Pedro que não se iludam, quem vota contra a Madeira, mais cedo ou mais tarde, vai ter de enfrentar a Madeira.

02/10/2025, 17:57:57
Miguel Albuquerque que se cuide. É que agora, com a MEO a garantir rede nos túneis da Madeira, as escutas da PJ já não vão ter falhas. Acabaram-se os “zonas mortas” convenientes, aquelas quedas de sinal sempre tão oportunas quando o assunto ficava sensível. A modernidade chegou, já não há desculpa para interrupções técnicas em conversas que, por acaso, interessava muito não ficarem registadas. O betão dos túneis já não é abrigo seguro para confidências políticas, estratégias de bastidores ou aquele telefonema que convém “não cair na rede”. Pois agora vai cair — e com 5 barras de sinal. Miguel Albuquerque, se antes bastava entrar num túnel para mergulhar na penumbra tecnológica, agora não há fuga possível. Cada palavra, cada respiração, cada “vamos falar depois” pode muito bem ficar registado, clarinho como a luz do dia. Miguel prepara bem os nervos, porque a era dos “buracos negros” da comunicação acabou. Terminou o velho truque do “estou a entrar no túnel, vou perder rede”. Acabou a desculpa de ouro para silêncios seletivos, frases interrompidas e segredos convenientemente engolidos pelo betão. Agora, cada palavra ecoa clara, cristalina, sem cortes. Até os suspiros conspirativos vão chegar em alta definição. É curioso, que a mesma Madeira que não consegue ter saneamento básico em todas as casas, avança célere para garantir sinal nos túneis. A civilização chegou — mas não para o cidadão comum, não para o bem público. Chegou para que ninguém mais se esconda do radar da justiça. Jorge Carvalho, se for Presidente da Câmara do Funchal vai ter os bastidores iluminados a LED pela Policia Judiciária. A claustrofobia dos túneis já não protege; tornou-se palco de transparência. Onde antes havia silêncio cúmplice, há agora cobertura total.