O lá a todos, é impossível não falar da sondagem, mesmo que desconsideremos ou suspeitemos porque achamos um meio de manipulação das massas, ou acreditemos porque gostamos do resultado. De qualquer forma, vou fazer uma comparação de momentos incomparáveis, as Regionais deste ano no Funchal e a sondagem do JM Madeira de hoje para o Funchal.
Pelo princípio, o que é Percentagem? Na minha opinião é uma forma de expressar uma proporção considerado cem unidades. Torna possível comparar em 100 unidades resultados dispersos e diferentes, por isso escolhi o título que veem.
Não é lógico nem cientificamente válido comparar diretamente a percentagem de votos do JPP, obtida no Concelho do Funchal, nas Regionais de 2025 (há poucos meses), com o resultado de uma sondagem como a do JM Madeira. Porque apesar dos eleitores serem mais ou menos os mesmos, a natureza da eleição e os candidatos são diferentes. Contudo, a percentagem das Regionais de 2025 dizem que no Funchal o JPP teve realmente 19,68% dos votos em cada 100 eleitores, e a sondagem para as Autárquicas do JM dizem que baixa para menos de metade, 9,4%. Significa um eleitorado volátil. O JM suaviza, comparando o comparável, dizendo que o JPP cresce, talvez porque quer evitar a perceção do tombo que a sondagem de 403 entrevistas dá ao JPP, assim, compara com o comprável, com as Autárquicas de 2021 onde o JPP obteve 1,70% ficando atrás de PSD/CDS, PS/BE/PAN/MPT/PDR, PCP/PEV e Chega.
Parece que voltamos ao clima de antes das Regionais, tudo em repetição, onde o ilícito, o crime, o errado e os precedentes, mesmo que mau e errado, são o desejo do eleitorado que gosta de viver neste ambiente porque lhe dá oportunidades. Será? É uma política de terra queimada pela desordem.
A sondagem é uma estimativa da intenção de voto num determinado momento, baseada numa amostra reduzida da população. É sempre acompanhada por uma margem de erro, refletindo a incerteza estatística. As sondagens não preveem o futuro, apenas captam o sentimento do eleitorado no momento em que foram realizadas. Elas próprias acabam sendo uma forma de campanha eleitoral porque podem fazer o eleitorado mudar de ideias nos últimos dias.
Não tenho dúvidas de que as sondagens na Madeira, promovidas pelo JM e DN são parte de uma estratégia eleitoral, não preveem, indicam a natureza do voto a seguir para entregar uma vitória, quebrando perceções.
O eleitorado que acreditou no JPP para ser Governo da Madeira ou ter Grupo Parlamentar vasto já não acredita no mesmo partido, mesmo com outros candidatos no Funchal? Incógnita se olharmos para Santa Cruz... Os candidatos têm forte importância no JPP e no caso do PSD é partido, independentemente dos candidatos? Tantas variáveis para analisar, uma delas é que o eleitorado não tem a mesma bitola para todos.