Novo presidente da Câmara do Funchal: professor de "ginástica"


O Funchal, depois de uma campanha cheia de sorrisos e promessas, eis que o novo presidente da Câmara, um pobre professor de educação física, decide mostrar que a flexibilidade não é apenas física, mas também política.

Durante as eleições, a vice-presidência era feminina, um gesto simbólico, moderno, para angariar o voto feminino. Mas, mal os votos assentaram, puff! Desaparece a promessa, e surge um novo vice, como quem troca de parceiro num jogo de cadeiras políticas.

E o que é que esse novo vice vai gerir? Obras, trânsito e esgotos. Um verdadeiro mergulho nas profundezas do sistema. Não sei se me percebem…?

O Funchal, essa cidade que já resistiu a temporais, derrocadas e orçamentos duvidosos, agora enfrenta uma nova prova, ver até onde desce o nível, literal e figurativamente, da política local.

E vocês, funchalenses, o que acham? Estão prontos para mais uma temporada desta tragicomédia municipal? Tragam um fato de mergulho. Nunca se sabe quando a Câmara decide afundar mais um bocadinho.

Pois é, funchalenses. Parece que o vosso voto trouxe à Câmara um novo conceito de governação: a ginástica política. O novo presidente, vindo diretamente dos balneários para o gabinete, prova que a Educação Física afinal prepara para tudo, inclusive para dar cambalhotas eleitorais.

A Madeira da vice virou prémio de consolação para um novo protagonista, alguém que vai gerir as obras, o trânsito e os esgotos. (Sim, os esgotos. O destino tem senso de humor.)

Porque nada diz “gestão eficiente” como entregar a fluidez do trânsito e o fluxo dos canos a quem parece confundir profundidade com abismo.

Mas não sejamos pessimistas! Talvez o Funchal precise mesmo de alguém sem formação na matéria - um menino do papá, afinal, quando tudo corre mal, podemos sempre dizer que “estava a aprender”.

O povo observa. Uns perguntam-se se não seria melhor ter ficado tudo entregue a quem, pelo menos, sabia onde ficava o Norte.

Respirem fundo, caros funchalenses. Uma figura que agora vai cuidar das obras, do trânsito e dos esgotos. Perfeito, não é? É sempre reconfortante saber que o futuro do saneamento básico está em boas mãos — mesmo que ninguém tenha a certeza se essas mãos já mexeram em coisa pior.

Pode não haver formação, pode não haver ética, pode não haver rumo… mas é cá uma lata!!!