Plataforma, meu texto é longo mas pertinente, escolhi um sábado para dar 48 horas com possibilidade de ser lido nas calmas. Desculpem se vos colocar na linha de fogo, mas isto tem que ser dito, porque calamos enquanto nos fazem de tontos. Precisam de saber que se vê!
O Diário de Notícias arrasta-se. Em dilemas, medos, subserviência, agendas, conotações, fretes e propaganda. O Diário de Notícias a par da diversificação do produto nesta passagem do papel para o digital, sem necessidade, inseriu mais um problema na equação, a dependência político-financeira-empresarial. Adiou num expediente o desespero dos órgãos de comunicação social, porque o cliente não quer pagar por notícias na era digital.
Na sua missão de desinformar preenche o espaço das notícias com tretas e propaganda, dos protegidos e dos alvos, das suas toupeiras e de gente sem nível, sem ética ou moral para escrever, sobre assuntos de interesse próprio, beneficiários do poder, convictos, características que tornas homologados para para a escrita.
Estão tão convictos que nem se dão conta do contrassenso da narrativa quando são criticados, estão com os mesmos tiques do PSD, atiram sobre os outros para tirarem o foco de cima de si. O Beto do Naval faz isso mesmo com a plataforma do Madeira Opina. O problema é perda de influência, um problema para encarar quem paga ...
O Diário de Notícias tem alguns cheios de si, inchados como o Eduardo Jesus, até parece o mentor, agora a sua aposta para o futuro, depois de Calado, o Presidente que se segue para se manterem em estado de graça. O Diário de Notícias também é de apostas, e nada é mais evidente na forma como implode o PS-M. O Sérgio Gonçalves sabe que não tem armas para perdurar a sua diplomacia?
O Diário de Notícias tem "maquiavélicos", mas também tem boa gente enclausurada em si, jornalistas colocados a escrever fora da sua matéria base, uma "orgânica" para não fazer mossa, fazem como o Albuquerque a desadequar os quadros para ser mais fácil manobrar por desconhecimento. Tudo isto tem que ter um cérebro. Por exemplo, quem mais percebe de Saúde deixou de escrever sobre Saúde, quem escrevia sobre pedra sumiu-se do tema. As parangonas parecem de revista cor de rosa no meio do que é notícia e não consta.
O Diário de Notícias tem gente onde a cegueira do PSD vale mais do que a carteira de jornalista, até migram para o Canal Público, assim é um programa dos outros, a ver se não se afeta, grande engano, os verdadeiros dossiers passam ao lado por objetivo político. O Diário de Notícias tem gente que se coloca no lado errado da história, para já ao lado do poder em vez de estar ao lado dos cidadãos (link), do interesse comum, maior e geral, verdadeiramente da Madeira e dos madeirenses. Escolhe-se muitas vezes a si mesmo e não a notícia como alvo. Se aparece um feito jornalístico no estrangeiro, um sucesso, uma referência ou perseguição, desde logo assume-se como igual para se branquear. O Diário de Notícias gosta de encher o ego do Povo Superior em vez de iluminar, quem emigrou e vingou é como um troféu para mostrar o que a terra produz, em vez de exaltar as condições do país de destino e do que faltou na Madeira.
Nunca se falou tanto do Diário de Notícias, mas julgo que não gera mais receita a calcular e pelas últimas contas, estão cada vez mais dependentes, e isso é perigoso, entregam-se cada vez mais... Porque opta por um lado político e dos seus patrões por mais que dissimule (nem todos têm um Balsemão), apesar das proteções que a lei confere ao jornalista e prever um órgão que dilui a responsabilidade de ser só um a enfrentar (conselho de redação), etc, a lei não funciona quando os protegidos não a querem.
O Diário de Notícias dissimula, reparem que podem gerir o produto, ao contrário de uma plataforma de opinião. Gerir, mas não como fazem na atualidade. O Diário de Notícias é um jornal omisso em tudo o que deveria ser notícia e na exploração de assuntos que toquem o poder, económico e político, que comandam até a democracia por assédio. Depois envergonham-se com os jornais do continente, o leitor está a ver as omissões. Ficam possuídos por opiniões livre que não podem ter. O voto não é livre na Madeira se condicionares as mentes e o voto, o Diário de Notícias faz parte dessa estratégia.
O Diário de Notícias "encosta" quem se "desomologar" da narrativa, quem não participar na autocensura tácita para ter uma oportunidade. O Diário de Notícias segue a estratégia do PSD, nada melhor do que rabos de palha para obter fidelidade, lealdade, para se cobrirem uns aos outros como, código de ética com um deontológico que há muito não se vislumbra.... globalmente.
O Diário de Notícias roda empregados no ingrato trabalho de angariar publicidade, sem querer olhar para o seu produto confinado, que não para todos, e que quem lucra com o poder não precisa de pagar, é vítima da monocultura partidária, da economia e não acha estranho que muitas entidades não consigam sobreviver neste modelo, o que persegue e defende, porque até tem um Mediaram para estar mais descansado.
O Diário de Notícias tem comentadores, gente a mal com a vida, que se pega com toda a gente e depois dá-lhes proteção. Tem gente que não é isenta no comentário, já se vomita todo tipo de prisma de poder, gente que não é idónea para avaliar os outros, gente com agenda pessoal e que não comenta por todos, gente em escaparate de presença, de textos inócuos neste ambiente de mata-mata.
O Diário de Notícias omite e desaparece com notícias, acha-se o decisor da informação, depois os outros são postos em causa, sem notícia passam a ser caluniadores, mentirosos que denigrem os outros, há sempre um advogado do regime à espreita para distorcer. Aliás, a Justiça parece a arte de distorcer, e vamos distorcendo todos os pilares da Democracia. Parecem o Jorge Carvalho, quando a ata incriminava... desapareceu com a ata. O Diário de Notícias tantas vezes diz não ter tempo para a oposição, mas tem para todos os "serviços e fretes", quando se quer tirar a razão "desaparece-se" com a notícia, dilui-se, passa a paga, coloca-se pequena com destaque para aquela que beneficia a narrativa, página da esquerda ou da direita (falo de visibilidade a que dá de caras)...
E tudo é mentira e má vontade. O Miguel de Sousa foi mal, visto mas disse muitas verdades no seu último artigo e vemos como isso enfureceu. O Diário de Notícias não gosta de umas verdades que lhe destapam a situação onde se enfiou. Sim, o quadro de pessoal foi "vítima" de uma compra do jornal, mas os jornalistas mudaram, na larga maioria, aderiram convictos para ter ordenado e neste caso, as parangonas e destaques mudaram, nem omissos conseguem ser (como fazem nas más notícias do poder), não se tornaram furtivos nalguma forma de por a notícia na rua. Estão domesticados e presos, alguns sentem necessidade de serem queridos e em graça, exibindo-se ao poder.
O futebol foi importante de se apoiar porque trazia votos, depois deixou, as eleições prosseguem e o mesmo partido mantém-se. O Diário de Notícias tem a mesma mania da última Coca-Cola e sede secular das certezas, acho que pelo caminho da desvalorização da sua influência e crédito, qualquer dia acontece-lhe o mesmo que o futebol, é trocado por golfe, nas mãos dos esquemas dos quais são adenda. Aqueles, mesmo que se esmeram em apaparicar, serão os carrascos, não quem escreve a fulminar este caminho errado do jornalismo.
Quando o poder que mata o jornalismo não ver a sua influência, quando o poder manipular mais como antibiótico de largo espectro, os custos vão baixar, na forma que entenderem, porque não há retorno e eles têm outra solução. Nesse dia, todos estes que se julgam importantes no esquema vão cair em si que afinal, entre sobreviver subsidiado ou ser idóneo e lutar, a segunda forma neste grande dilema ainda é a mais forte. É a essência do jornalismo para depois enfrentar o dilema da viabilidade. Neste momento, o Diário de Notícias atua com as velhas táticas da impetuosidade da honra, tipo Putin e as armas nucleares, no entanto, a sua "economia" vai delapidando nesta monocultura dos mesmos que o próprio promove. Qualquer dia eles são maiores e com mais poder, não precisam do Diário de Notícias, o caminho vai se fazendo...
O Diário de Notícias precisa de mudar de mãos, não depender do dinheiro regional, de limpeza na redação e nos seus comentadores. No dia que isto acontecer, os políticos do poder vão ter mais respeito, porque o subsídio desrespeita e dá ordens, manda ter almoços e jantares orientadores. No dia que tiver esta liberdade retomará o seu lugar, assim é o Jornal da Madeira 2 da era do Albuquerque, um gajo que era porreiro e democrata, mas que fez o trabalho que Jardim não conseguiu.
E com isto, o JM faz-se de morto a executar melhor trabalho, nas mesmas circunstâncias.
Estarei eu a tentar destruir o Diário de Notícias? NÃO! Estou a tentar que os que confinam a informação de forma vergonhosa, sejam democratas, que se deixem de manipular o jornalismo pela fragilidade dos jornalistas que precisam de pão em casa. São simplesmente uns polidos, anónimos que lançam o jornalismo à fogueira.
