A Madeira vive presa a uma rotina política desonesta, onde a manipulação é método, o insulto é estratégia e o ódio tornou-se moeda corrente. O problema não é a crítica, o problema é a distorção deliberada, a gritaria vazia e o circo permanente criado para esconder a incapacidade de governar com transparência e decência. Demonizam o PS-Madeira porque não conseguem demolir os factos: é o único partido que apresenta propostas consistentes, que sustenta debate e que obriga o sistema a prestar contas. Sem este contributo, o Parlamento seria um eco frustrante de slogans ocos.
A hostilidade contra Paulo Cafôfo e Célia Pessegueiro não nasce de mérito moral. Nasce de medo. Medo de perder privilégios, de ver exposta a miséria da gestão política habitual, o compadrio instalado, a teia de favores que alimenta carreiras e obediências. Atacam porque têm pavor da mudança. A normalidade democrática assusta quem viveu décadas apoiado num modelo de poder que funciona como um feudo, onde quem manda decide, quem critica é isolado e quem denuncia é tratado como inimigo.
A oposição que vive do ruído nunca explica o suposto “mal feito”. Grita, acusa, insulta, agita fantasmas e inventa narrativas para manter viva a hostilidade. Mas quando se pede betão, cai o silêncio. Porque não há substância. Só há medo, ressentimento e a necessidade infantil de transformar o adversário numa ameaça existencial.
A política está refém de quem confunde democracia com agressão e debate com perseguição. Muitos dizem combater o fascismo ao mesmo tempo que replicam precisamente os comportamentos que o alimentam: intolerância, diabolização e cancelamento moral. Esta contradição não é inocente — é estratégica. Quanto mais caos, menos escrutínio; quanto mais ruído, menos transparência.
O PS-Madeira incomoda porque não joga o jogo da mentira. Porque insiste na transparência, na fiscalização e no trabalho concreto. Porque representa, quer se queira quer não, uma alternativa real à estagnação. E os instalados temem isso. Temem perder o conforto da impunidade, o silêncio cúmplice, as vantagens herdadas.
A democracia definha quando a política se reduz a um ataque gratuito. E é precisamente por isso que a Madeira precisa de romper com o ciclo de agressão artificial. O futuro não pertence aos gritos — pertence a quem trabalha. A quem confronta a corrupção, desmonta narrativas e exige dignidade. A esperança só incomoda os que nunca a souberam utilizar.
