O Subsídio das Vicissitudes na Mobilidade da Madeira já teve muitas anormalidades enquanto melhor do mundo, mas o problema do modelo de reembolso prossegue, pagar "tudo à cabeça", o que representa para quem tem menos recursos uma inacessibilidade à mobilidade. Pagar tudo à cabeça desvirtua o conceito de "social", um adiantamento de um valor que pode ser elevado atendendo que o modelo também encarece os preços. Afinal o subsídio não é social mas para ricos.
O Subsídio das Vicissitudes na Mobilidade da Madeira tem como objetivo que os residentes e estudantes suportem um valor máximo no custo da viagem (tarifa de referência), sendo a diferença entre o preço do bilhete e essa tarifa subsidiada pelo Estado.
O melhor do mundo é um "não subsídio", na prática, serve para "ricos terem um desconto" e os "necessitados ficam em casa". O custo inicial de um bilhete, em épocas de pico ou de última hora. pode ser de centenas de euros (com o limite de elegibilidade a ser 400€), um valor incomportável para famílias de baixos rendimentos ou estudantes.
Ao obrigar o adiantamento total, o subsídio transforma-se num benefício financeiro para quem tem capacidade de tesouraria, em vez de um mecanismo de coesão social e territorial que garanta a mobilidade a todos. Apesar da recente aprovação de um novo modelo que visa acelerar o reembolso através de uma plataforma digital, a manutenção da regra de ter de pagar primeiro o bilhete na íntegra é o que faz o subsídio continuar a ser percebido como insuficiente para resolver o problema da desigualdade de acesso à mobilidade aérea.
Mas, não ficamos por aqui, as companhias aéreas não confiam no Estado Pagador e fizeram saber em tempos que se for o Estado a pagar não entram no sistema de subsidiação. Não sei se é de propósito, mas sabendo isto, parece que o Governo Regional e da República têm má vontade em resolver e fingem trabalhar por razões eleiçoeiras.
A aplicação atrasa, a questão fundamental mantém-se e depois virá a não adesão das companhias aéreas. Andam a nos enganar! Engonhar.
