As máfias em parceria?

 



Diz-me com quem andas e dir-te-ei quem és. Saiba eu que te ocupas e saberei também no que te poderás tornar.

Johann Goethe

A queles mesmo ruins, sob a perspectiva dos alucinados da política laranja, que arranjam sempre forma de defender tudo ou, na falta de melhor, arranjam casos ou sujam os outros para retirar as luzes da ribalta de cima de si, andam a algum tempo a afirmar, por suspeições e indícios, de que temos uma organização criminosa na ilha, muito bem oleada por décadas de um enriquecer lícito conspurcado.

Desse enriquecimento lícito conspurcado que, para encontrar o ilícito, necessita de quadros honrados a cumprir a sua função, quando encontramos afinal uma série de "agentes" da máfia no bom sentido que colaboram para cegar o povo, onde muito dele ainda bate palmas depois de roubado e gozado. São tribunais de todos tipo, judiciais e de contas, são organismos de pareceres, avaliação e punição, são carradas de jornalistas que mal produzem da sua cabeça e aceitam como verdade todas as narrativas oficiais e, se colocam o cérebro a funcionar, é para melhorar a narrativa oficial. É um sem fim que acumula pelas décadas, pelas compras a cada eleição, por laços de amizade e parentesco, por arrastar a asa a algum importante que anda tresmalhado e pode destoar. Como digo, um sem fim ... enfim.

A máfia gera dinheiro, fácil, por ajustes directos, combinações em concursos, subsídios, etc. Com ele, uma margem avultada e cómoda para se trabalhar chega a todos e, quando toca o alarme, vale bem a pena abrir os cordões à bolsa para não perder o poder. Tudo se compra, até o que não é viável ou tem rendimento, é bom investimento as perdas que protejam a máfia e seus lucros. Não se sabe até onde chega mas à mais dura comunicação social chegou. Quem anda na economia real não tem a sustentabilidade proporcionada pelo poder, sempre alerta e facilitador dos seus. É a máfia, no bom sentido porque somos cantinho do céu.

A necessidade, a condição, a caridade e o dinheiro verga porque, na justa medida do equilíbrio de uma balança, se tens uns privilegiados que usam o poder para praticar a cleptocracia no prato cá de baixo, naturalmente tens uma imensidão de pobres no prato de lá de cima.

O melhor serviço que a Madeira tem à venda é proporcionar o "lícito ao honrado" a quem rouba, tendo por cartão de visita 40 e muitos anos de poder imaculados que se continua a defender mas, já aos berros, aos assédios e às perseguições. Só a casta do prato de baixo vive, os de cima são uns ressabiados invejosos.

Àqueles que defendem o seu posto de trabalho no CINM e colaboram na narrativa sem mais remédio, só aqueles que acham que existe muita maldade em torno da "solução de branqueamento", não lhes gabo a sorte da figura que irão fazer juntos dos outros que sim sabem ao que vão. Se ler a notícia verá a copia fiel da "cadeia de valor" do que se passa na Madeira em pleno autocopiativo. Sem piada nenhuma, a máfia chegou à comida que faz falta em muita casa em crise, parece a versão caridadezinha do off-shore, ninguém desconfia, como as IPSS e as Casas do Povo. Viva a criatividade da cleptocracia.

O mesmo método é aplicado com empreiteiros, empresas de energias renováveis e até funerárias.

Já repararam que o poder calou-se na defesa malcriada da "praça" depois das remodelações? Existe medo das deserções? Honra seja feita aos verdadeiros honrados, apanhados pelo segredo e omissão dos abusadores que criam testas de ferro sem que estes saibam.

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Enviado por Denúncia Anónima
Sexta-feira, 30 de Outubro de 2020 9:37
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