Dezembro na Madeira, o Natal do faz de conta do Miguel Albuquerque.


D ezembro na Madeira é o mês em que o calendário oficial deixa de marcar dias e começa a marcar poses fotográficas. À frente desta ópera do fingimento está Miguel Albuquerque, o maestro das visitas inúteis e apertos de mão ensaiados.

O espetáculo começa na nossa quinta vigia – sim, a quinta do povo madeirense, onde se esperaria gestão e decisões sérias – mas lá está ele, recebendo entidades que ninguém sabe bem para quê. É sorrir, apertar mãos, tirar fotografias e… nada mais. As entidades vão embora, a ilha continua à espera de obras que não andam, serviços que não funcionam e promessas que evaporam como nevoeiro matinal.

Depois é o tour dos velhinhos: Miguel aproxima-se com aquele sorriso de catálogo institucional, pergunta se está tudo bem, tira foto, assina a agenda, e vai embora. Decisões importantes sobre saúde, transportes ou economia? Ah, isso é secundário. O importante é que haja presença mediática e, claro, hashtags bonitinhas para o Facebook e Instagram.

E claro, não podia faltar Paula Margarido, com os seus broches espalhafatosos a brilhar em cada fotografia. Porque nada diz “gestão responsável” como uma secretária a competir com o pinheiro de Natal em brilho e extravagância. Ela posa, ele sorri, e o povo madeirense? Continua a contar os dias até perceber que o único investimento a sério feito é na sessão fotográfica de dezembro.

No fundo, dezembro na Madeira é isto: muita pose, muito broche, muitas promessas… e zero decisões reais. O Natal chega, as luzes apagam-se, e a ilha continua à espera de quem realmente governe.

Miguel Albuquerque, quando um dia desapareceres da face da terra, ninguém se lembrará de ti. Que vida triste a tua.