O XVIII Congresso do PSD-Madeira mais pareceu uma missa da Igreja Universal do Reino de Deus. Quem esperava um debate de ideias desiludiu-se. Sem ideias e com muitas queixas, o Congresso foi mais do mesmo.
Não fosse Miguel de Sousa se ter referido ao “Putin que o pariu”, ninguém se tinha apercebido que estavam no Congresso do maior partido da Região e não num Stand-Up Comedy.
Mas a surpresa veio do Oeste da Ilha. Pedro Coelho deu ar da sua graça (sim, ele é muito engraçado quando fala) e mostrou que o bastião laranja de Camara de Lobos não precisa de ninguém para se ganhar com maioria absoluta. É de homem!
Carlos Teles, o líder inquestionável da República do Afaquistão, também não se inibiu de criticar os parceiros azuis do Governo incentivando-os a dar o litro, em vez de andar a passear a passarinha.
A irreverente Sara André, visivelmente mais gorda porque a idade não perdoa, veio da Fajã da Ovelha para também dizer que o PSD não precisa de muletas, o que levou a plateia a pensar que ela estava a falar do Cunha e Silva.
Já o oligarca Filipe Ramos criticou os seus camaradas de partido acusando-os de ficar no quentinho dos gabinetes da Função Pública a coçar a micose, o que foi entendido como um puxão de orelhas aos comodistas. Diga-se que Filipe Ramos pecou por defeito, podia ter ido mais longe e ter prometido emprego nas obras como trolhas a quem não abanasse bandeiras nas próximas campanhas.
Já Pedro Calado foi o único que foi ao congresso, não para falar do Partido, mas sim sobre si próprio que, como se sabe, é muito mais importante do que o Partido. Veja-se que Pedro Calado até confessou ter arriscado sair da sua zona de conforto para ir a eleições. Imagine-se que se ele tivesse perdido a Câmara Municipal do Funchal, hoje seria mais um sem-abrigo no Funchal. Até vieram as lágrimas aos olhos de alguns congressistas ligados à EEM.
A cereja no topo do bolo ficou para o dia seguinte, com os mais manhosos a quererem despachar Miguel Albuquerque para o PSD nacional, esquecendo-se que na escola onde aprenderam a ler... ele era professor.
Rui Barreto - que foi o único assunto sério do Congresso - não engoliu o sapo e fez-se presente afirmando “que dava o litro todos os dias”, o que foi logo corroborado por José Manuel Rodrigues que é um reconhecido especialista em “litros”.
Pela ausência de ideias e pela declaração de fidelidade ao CDS, foi mais um congresso que passou ao lado dos militantes laranjas. Felizmente para o PSD, a política é como os casamentos onde o corno é sempre o último a saber.
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