M uito se tem falado por estes dias da pior privatização de sempre em Portugal, os CTT - Correios de Portugal, no entanto, convém apreciar o que poderia ser deste mesmo país se as outras privatizações pudessem provocar por incompetência, interesses internacionais ou até de infligir pressões de guerra para nos vergar.
Tenho me lembrado vezes sem conta de que a produção e a estrutura elétrica do país está nas mãos de chineses e que estes, para mim, muitas vezes têm fraco produto e fraco serviço porque os standard de qualidade estão abaixo dos padrões europeus, que tipo de material é empregue na rede? Chineses compram a chineses e mais uma vez a Europa e, até o país, que produz nesta matéria sai lesado?! Aprendemos com a crise da guerra que devemos sediar a produção na Europa e acabar com CEO's que não pensam nos países mas na sua algibeira e dos acionistas.
Mas, e se a China, sempre manhosa a tentar passar por entre os pingos da chuva, sempre a impor a sua "não democracia" mudar do dia para a noite? Assim tipo Rússia. Julgo que devemos olhar mais para os instintos naturais dos países, em vez de acreditar que um dia se ocidentalizam e se perfilam por outras posturas.
Curioso é que, na oportunidade da crise energética, vejo países como a França e os Países Baixos a renacionalizar toda a estrutura produtiva e de distribuição elétrica, atendendo que o segundo é do mais Liberal que há, uma renacionalização é algo de parar para ver.
- Governo francês ofereceu 9,7 mil milhões para nacionalizar a Electricité de France. O Estado gaulês ofereceu 12 euros por ação para adquirir os 16% da EDF que não estão sob o seu controlo. (link) . Atenção que A EDF possui as usinas elétricas em França, incluindo usinas nucleares, é player no Reino Unido e fornece eletricidade a países como a Bélgica e Itália.
- No final do ano passado os serviços secretos dos Países Baixos incentivaram o país a assumir a propriedade pública total da instalação de armazenamento de gás de Bergermeer, através da EBN que já detém 40 por cento das ações, mas deseja que o armazenamento de gás fique completamente em mãos públicas porque "uma maior expansão do interesse público pode garantir melhor a segurança social do abastecimento". Tudo começa porque a Taqa, uma empresa de energia dos Emirados Árabes Unidos, é proprietária da instalação de armazenamento de gás. Nos últimos anos, tentaram vender a sua participação maioritária de 60%. O Governo holandês temia que um novo proprietário não cooperasse nos planos para encher o armazenamento de gás. Além disso, não havia garantia de que Taqa continuaria a cooperar (situações da guerra) por isso estado holandês empenhou-se em comprar/nacionalizar. Quanto à participação da Gazprom, nas mesmas instalações, é suicida e mostra bem da importância de contratos bem redigidos nos momentos de crise (não como os do Governo da Madeira com os monopólios), a parte não utilizada da Gazprom (não fornecimento) arruma-se pelo chamado princípio "use it or loose it" nos contratos entre a Taqa e a Gazprom. Interessante mesmo é perceber pelos Países Baixos que, antes da guerra, os "sanguessugas" já atuavam porque retirou a licença a um fornecedor de energia (Outubro 2021) devido aos preços elevados. (link)
Bélgica prepara imposto extraordinário sobre lucros de empresas de eletricidade. (link)
Com cada falência da Região e cada aumento da dívida
não vale a pena pedir mais Autonomia.
Quarta-feira, 20 de Julho de 2022
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