O s meus cumprimentos a todos, li este artigo (link) e ainda bem porque é verdade que não acompanho debates, a televisão local e cada vez menos jornais. Para muitos que me estão a ler devo ser um abstencionista no sentido lato, não quero saber de nada. Talvez, mas importa dizer porquê. Para não me alargar muito fico-me pelas 3 menções que fiz, não acompanho debates, sim porque a matriz do nosso parlamento é não funcionar, não fiscalizar e não debater, são discussões estéreis porque a missão é concretizada através da maioria absoluta a prestar vassalagem ao GR, de quando em vez fazer inquéritos parlamentares com resultados predestinados. Não vejo TV local e quando digo isto é só o Telejornal, porque não é um noticiário mas um contentamento de todos os vaidosos, uma agenda política e um elencar doloso para quem quer informação. São sempre os mesmos num telejornal enorme que até parece que temos a população da China. O Telejornal é grande para cumprir uma agenda de propaganda. Os jornais, lamentavelmente faleceram nas mãos daqueles que precisam do controlo da informação para serem réis e senhores sem contraditório.
Passemos ao Parlamento, sabendo como alguns se tornam deputados (e até presidente), sei à partida o que a casa vai produzir. A insistência em destruir o Parlamento (ontem foi dose dupla, continente e Madeira) tem em mim momentos de raiva pelo meio do desprezo. Alguns deputados deveriam ser afastados, porque isto de ser eleito e se tornar intocável tem muito que se diga. Todos votam no cabeça de lista ou no programa, depois surgem estas figurinhas por anexo contados os votos. Não são de primeira linha mas acabam por sê-lo, por vicissitudes dos arranjos governativos e parlamentares. Sem esquecer que as listas servem os DDT.
A vossa publicação fez-me ver um indivíduo que está cada vez pior porque nunca ninguém o chama à atenção e porque todo o grupo parlamentar é da mesma estirpe. Ninguém se sente mal, é natural. Não cumprem um Código de Conduta, que em primeiro lugar são de liberdade, independência, prossecução do interesse público, transparência e responsabilidade política.
Os deputados servem os eleitores, o bem público, devem respeitar os seus compromissos eleitorais. Devem atuar com independência relativamente a qualquer pessoa singular ou coletiva. O deputado é uma unidade independente e não um "carneiro". Tão poucas linhas e já tanta asneira.
Caso não saibam, nem ninguém tenha dito, para aqueles levianos que passam o tempo a insultar e a boicotar os trabalhos da ALRAM, lembro que devem respeitar os demais deputados e os titulares dos órgãos de soberania, os cidadãos que representam e as entidades públicas e privadas com as quais se relacionem no exercício do seu mandato. Só aqui, neste parágrafo, já me ilibo do meu abstencionismo, porque o Presidente da Assembleia não faz respeitar nem se dá ao respeito.
Ao contrário do que diz o suposto Código de Conduta de um deputado, não se vê a maioria numa ação pelo interesse público e dos cidadãos que representam. Estão lá, em boa maioria, a usufruir de vantagens financeiras, de carreira ou patrimoniais, diretas ou indiretas, para si, família ou para terceiros do partido e amizades. Há deputados, uma boa maioria, veículos políticos de persuasão onde são beneficiados pelo cargo que ocupam e, é aqui que não se vê publicamente a declaração dos seus bens, para perceber os seus interesses particulares e o saldo final depois de acabar o mandato.
Já do foro do humor, o deputado deve prestar contas. Como se é um pau mandado?! Sobretudo os da maioria. Para onde vai o dinheiro disponível que garante as condições (recursos financeiros, físicos, materiais e humanos necessários) para mostrar o seu trabalho parlamentar no mandato? É tudo bolo do partido? É que este parágrafo com o parágrafo anterior implica provar que se abstêm de aceitar ofertas de quaisquer tipos, sejam bens ou serviços, que possam condicionar a independência no exercício do seu mandato. Sejam elas do Governo que vai ser fiscalizado, de singulares ou coletivos que pretendem arrastar a asa, nacionais ou estrangeiras. Aposto que só no Natal as ofertas ultrapassam em muito o tolerável, as prendas das máfias.
Findo com seguinte, para os deputados xenófobos, porque no Parlamento Regional só ligam a "miras", os deputados representam toda a Região e não os seus guetos, os madeirenses deveriam se indignar. Eles acusam mas são eles os xenófobos.
Voltem a colocar o vídeo da postura e boicote dos trabalhos no Parlamento, ontem, do senhor de quem envio imagem, com certeza tem lugar cativo na próxima lista do PSD-M justamente por isso.
Sexta-feira, 22 de Julho de 2022
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