O Antro das Sociedades de Desenvolvimento


A s pessoas não fazem a mais mínima ideia
da dimensão do esbanjamento de dinheiro
que existe na Madeira.

A história contemporânea da nossa querida terra da (ma)Madeira não é realista senão falarmos do antro e do sumidouro de dinheiro que são as Sociedades de Desenvolvimento da Madeira, sociedades criadas pela malta ardilosa do governo, no tempo do tio Alberto, para permitir de uma forma mais expedita, investimentos megalómanos em betão por toda a ilha, e nem o Porto Santo foi exceção.

Toda a gente se há de lembrar de investimentos ruinosos tipo a marina do Lugar de Baixo, ou o Campo de Golfe do Porto Santo regado com aquela água salobra que até a relva denota uma especial palidez. Mas há que dar a mão à palmatória. Dos investimentos realizados até houve alguns que trouxeram algum (mas só algum) benefício à população, especialmente os complexos balneares.

Mas de acordo com o tio Alberto, todos estes investimentos possuíam estudos de viabilidade económica de alto gabarito que iram trazer benefícios de milhões… autênticos negócios da China, os supra-sumos dos investimentos. Mas esses estudos, nunca ninguém os viu, nunca ninguém os verá, e os benefícios de milhões não passaram de uma dívida de milhões.

O que é certo é que foram esbanjados milhões nas sociedades de desenvolvimento, sem esquecer de dar uma mão cheia de milho ao resto dos galos da capoeira, o compadrio do costume. Os meandros do funcionamento das sociedades de desenvolvimento sempre estiveram envoltos em muito secretismo. Contudo, parece que alguém topou que já estavam a dar muita cana e decidiram cortar de 4 para 1, o número de conselhos de administração das sociedades de desenvolvimento, que sorviam salários chorudos para gerir dívida paga pelo governo regional, que é como quem diz ganhar para não fazer a ponta dum corno.

Engane-se quem achar que essa malta não foi arranjar tachos para outro lado. Recentemente um partido da oposição dos que mais fiscaliza o governo regional publicitou no seu portal da transparência os contratos de financiamento das sociedades de desenvolvimento e realmente nota-se que a taxa de juro paga pelas sociedades nos contratos de financiamento é muito baixa. Mas naturalmente quem paga esses empréstimos é na realidade o governo regional através das transferências que faz ocasionalmente para as contas das sociedades (ao estilo APRAM) para evitar que elas tenham prejuízos consecutivos e sejam consideradas como entidades falidas.

Falidas já toda a gente sabe que estão! Mas não seria mais benéfico acabar com toda esta palhaçada e integrar todo o património das sociedades na PATRIRAM (a instituição que gere o património do governo regional), permitindo uma melhor gestão de todo o património das sociedades?

Enviado por Denúncia Anónima.
Sábado, 17 de Setembro de 2022
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