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Madeira, quanto mais medalhado e premiado mais medíocre. Parecem os generais dos párias. Quanto mais chocalha mais a cabeça faz de carroça vazia. |
V ivemos num meio pequeno, temos de tudo e quase nada, tudo no que traga lucro a meia dúzia, nada na elevação social, na cultura, nos fundamentos do conhecimento para decidir melhor. Importa fazer pobres porque não alcançam a consciência dos seus direitos, têm medo de reivindicar, assim entram na necessidade agradecida que não vê como não lhe dão nada e que estão mal servidos. Na Madeira, os ligeiramente pensantes, fogem a sete pés da crítica porque preferem o remedeio do estado de graça. Medianamente pensantes, a generalidade dos opinadores, foge do julgamento do burgo, como o Diabo da cruz, falam do nada, do belo e contemplativo ou de fora, uma estratégia para ocupar o espaço e manter a notoriedade.
Enquanto ilha, ultraperiferia e Autonomia, somos muito mais atendidos financeiramente do que em muitos concelhos no continente maiores do que nós em população. Afinal, a nossa condição trouxe-nos proveito e a Autonomia serviu para fazer chegar mais meios. Contudo, e apesar de sermos vendidos como um sucesso no aspeto material, das infraestruturas necessárias e desnecessárias em betão, somos a zona mais pobre do país. Agora os problemas sociais junta-se à criminalidade, ambas negadas por quem governa há 46 anos, é natural. A condenação da situação depende dos conhecimentos generalizados sobre o grau de corrupção e compadrio que temos e, por isso, desconversando como muitos opinadores, temos a disfunção da comunicação social, o que daí para a frente existe são fake news, ressabiados, bandidos, julgo até que "deveriam ir presos". O poder determina a Justiça, a Legalidade e a Verdade. Os mais sujos tornam-se honrados, têm dinheiro para isso e ameaçam. A Madeira é deles.
A nossa pequenez deveria ter gerado exímia administração da coisa pública e a justa divisão da riqueza criada, todo ser humano residente deveria ter sentido essas vantagens mas isso não aconteceu. Dão-lhes a cheirar sucesso de poucos e as obras que os enriquecem como que se bastasse para pagar as contas fixas da famílias, se tratar corretamente quando as maleitas apresentam sintomas, deitar combustível, etc. As famosas vias rápidas, sem sombra de dúvida e de dívida, dinheiro bem aplicado, só pode ser usado por quem tenha dinheiro para combustível. Hoje em dia, a remuneração é tão baixa que se te derem oportunidade de emprego longe de casa já não vale a pena, vale mais e sai mais barato ir buscar à Ásia. Mas outras situações há onde o interesse na privatização esvai os serviços públicos, o acesso e posses para a saúde na Madeira é medíocre, quando é a mais imprescindível aposta humana.
Quem pára para ver, assiste a duas Madeiras, uma resignada a ser de outra estirpe menor, da vergonha, dos biscates, esquecida (menos em eleições), tão carente que um simples e falso afago de campanha lhes enche o coração e caem de novo. Se os anos passam e tu estás no mesmo lugar ou pior, é caso para pensar se estás certo no que decides. Não, este texto não é político. Este texto é de dignidade da pessoa humana. Existe uma outra Madeira, composta por indivíduos que sem escrúpulos deitaram mão ao poder e viraram-se contra a população, designada por "patas-rapadas". Nesta outra Madeira, todo dinheiro não chega, todo tacho muito menos, as oportunidades são das elites que disputam um ranking a ver quem tem mais.
As eleições deveriam corrigir isto mas é o que se vê, a oposição também é pobre e gosta de caridade, um lugar bem remunerado e sem chatices.
O egoísmo é uma forma de estupidez.
Enviado por Denúncia Anónima.
Segunda-feira, 21 de Novembro de 2022
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